:: Cães que simbolizam o Japão A cinologia, o estudo dos cães, vem detalhando a evolução das espécies ao longo da história. Sabe-se, por exemplo, que através de cruzamentos, todos os seres evoluem. Assim, o trabalho da Federação Internacional de Cinologia é estabelecer padrões para diferir o que é raça originária de tal local ou não. Dez tipos de cães são reconhecidos pela entidade como raças nativas do Japão. SHIBA Arqueólogos
descobriram diversos esqueletos de cães
pequenos parecidos com a raça Shiba em cavernas que foram
habitadas por seres humanos 3 mil anos antes de Cristo. Por isso, Shiba
é reconhecida como a mais antiga variedade originária do
Japão. Shiba já era um cão domesticável e
provavelmente ajudava o homem nas caçadas. Vivendo numa
área montanhosa próxima ao Mar do Japão, seu porte
pequeno era adequado para a caça de pássaros e pequenos
animais. Antigas obras da literatura japonesa como o
Kõjíkí (Textos da Antigüidade) e o
Níhonshoki (Primeiros Registros do Japão) já
trazem referências aos cachorros domésticos. AKITA No início
da Era Shõwa (1925 a 1989), Shigeie Izumi, então prefeito
de Odate, preocupado com a preservação dos cães da
raça Odate, criou em 1927 a Sociedade de
Preservação do Akita Inu. Após a guerra entre o
Japão e a China pouco antes da 2a. Guerra Mundial, as geladas
ilhas de Karafuto (também conhecidas como Sakalinas, que
passaram ao controle russo no fim da 2a. Guerra) foram ocupadas pelos japoneses, que para lá
migraram para pescar arenque e buscar oportunidades de trabalho. Devido
às duras condições climáticas das ilhas,
grandes cães resistentes ao frio como o Akita foram deslocados
para lá.
Durante a 2a. Guerra, a maioria dos cães no
Japão foram
usados para fins militares. Entretanto, algumas pessoas mantiveram
cães Akita às escondidas para não serem
confiscados pelo exército.
Após a Guerra, durante a
Ocupação, oficiais
americanos na Província de Akita quiseram pegar os cães
como bichos de estimação, uma vez que mantê-Ios
implicava às famílias que tinham os Akita dispôr de
comida quando ela era muito escassa. De novo mantendo os cães
escondidos, e até tirando comida da própria mesa para dar
aos animais, a criação dos Akita foi reiniciada.
Curiosamente, graças à
proteção aos Akita
gerada por essa situação adversa, a variedade foi
preservada. Na década de 60, a raça Akita finalmente
pôde ser divulgada abertamente, tornando-se hoje a variedade
canina que representa o Japão. A atual linhagem descende
principalmente dos espécimes criados por Kunio Ichinoseki, que
desde a década de 20 dedicou sua vida aos cães Akita. A
moderna linhagem japonesa, conhecida como Akita Inu (ou Akita ken –
leitura diferente mas com o mesmo ideograma), tem como principais
características porte grande, focinho médio, rabo
enrolado, olhos escuros e pelagem média de cor branca,
sésamo, marrom
clara (gergelim), tigrada e ruiva. Nos Estados Unidos desenvolveu-se
uma linhagem chamada Akita Americano ou Grande Cão
Japonês, que descende dos exemplares levados pelas Forças
de Ocupação para a América, que possui pelagem
malhada escura e traços da miscigenação com o
Pastor Alemão.
Vários
eventos pelo mundo visam preservar a
raça Akita atualmente.
No Japão, a Sociedade de Preservação do Akita Inu realiza duas grandes exposições, uma na primavera e outra no outono. OUTRAS ESPÉCIES JAPONESAS As outras espécies reconhecidas pela Federação de Cinologia Internacional são: Hokkaido - de tamanho médio, que acompanhou migrantes da ilha principal do arquipélago para a ilha de Hokkaido, ao norte, no Período Kamakura (1192 a 1333 d.C.). Kai - de porte médio, recebeu o nome da região onde vivia, na Província de Yamanashi. Era usado na caça deursos e veados. Kishu - variedade média existente no Japão desde a Antigüidade. Foi reconhecida corno raça originária do Japão em 1934 e o nome vem da região de onde ele veio, entre as Províncias de Mie e Wakayama. Antes, a espécie apresentava pelagem malhada com cores fortes, como vermelho e gergelim. Em 1945 foi constatado que essa variedade havia perdido essa coloração, que nunca mais apareceu. Shikoku - também conhecido como kochi-ken, por ser um cão das montanhas da província de Kochi Tosa – uma
mistura de variedades ocidentais como bulldogs e mastifs com o
cão Shikoku, que foi largamente utilizado no Japão como
cão de briga. Spitz japonês - a origem dessa raça está no Spitz alemão, que foi importado em larga escala no Japão em torno de 1920. Posteriormente, com a importação de outras variedades Spitz da Canadá, Estados Unidos, Austrália e China e o cruzamento entre elas, surgiram diversas misturas. O padrão atual do Spitz japonês foi reconhecido em 1948 pelo Japan Kennel Club. Terrier
Japonês - cães nativos do Japão foram cruzados com
Fox Terriers trazidos para Nagasaki por holandeses no século
XVII, dando origem a essa variedade. AO USAR
INFORMAÇÕES DESTE SITE, NÃO DEIXE DE MENCIONAR A
FONTE www.culturajaponesa.com.br LEMBRE-SE:
AS INFORMAÇÕES SÃO GRATUÍTAS, MAS ISTO
NÃO LHE DÁ DIREITO DE SE APROPRIAR DELAS. CITANDO
A FONTE, VOCÊ ESTARÁ COLABORANDO PARA QUE MAIS E MELHORES
INFORMAÇÕES SOBRE
DIVERSOS ASSUNTOS SEJAM DISPONIBILIZADOS EM PORTUGUÊS.
|
|