set 132023
 

A proposta é simples. Uma mãe deve escrever uma carta para seu filho, em japonês, e tem até 400 letras para expressar a sua mensagem. Basta escrever a carta no formulário abaixo e enviar para o endereço que está no folheto. O prazo vai até 02 de outubro de 2023, mas atenção, é o prazo da carta chegando no Japão. Se quiser mandar mais cartas, tire cópias do formulário e coloque cada uma das cartas em envelope separado.

Leia o folder com o regulamento. Se as letras estiverem pequenas, salve a imagem e abra com algum programa ou imprima.

set 042023
 

A União Cultural Guinkenshibu do Brasil realiza, no dia 10 de setembro de 2023, a partir das 10 horas, a 48ª Apresentação de Canto Entoado e Dança de Espada e Leque (Guinkenshibu Taikai).

O que é Guinkenshibu?
A palavra Guinkenshibu, em japonês, é uma junção de diversas palavras e significados e é considerado um Caminho, ou seja, uma forma de aperfeiçoamento pessoal e uma expressão artística tradicional. O Guinkenshibu é o Caminho que engloba a Declamação de Poemas e a Dança da Espada. Isso se expande em três artes interligadas, quais sejam:

Kenbu 剣舞 ou 剣武, que é a dança marcial da espada, baseada nas artes marciais tradicionais japonesas de combate com a espada embainhada (Iaijutsu) ou desembainhada (Kenjutsu), além de técnicas de luta corporal (Jūjutsu ou Yawara);

Shibu 詩舞, que é a dança marcial do leque, sendo uma derivação do Kenbu; e

Shigin 詩吟, que é a declamação de poemas conforme a forma tradicional japonesa. A declamação não é uma simples récita, assemelhando-se de certa forma com o canto lírico (operático) ocidental, uma vez que utiliza a voz empostada, que vem da respiração diafragmática, e obedece a determinadas regras para que o poema seja entoado de forma adequada. O Shigin pode ser feito por uma única pessoa ou pode ser feito coletivamente, no que se chama de Gōgin.

Fundamental ressaltar que o Kenbu e o Shibu são diferentes das danças populares japonesas, como o Bon Odori. Essas apresentam movimentos mais simples e não raro repetitivos, além de músicas de cunho naturalmente popular. Em contrapartida, o Kenbu e o Shibu trazem movimentos oriundos das artes tradicionais japonesas, especialmente as artes marciais, e são executados juntamente com composições literárias mais complexas. Nesse sentido, o Kenbu e o Shibu se mostram mais próximos de artes como o Teatro Nô e o Kabuki. 

Origem do Guinkenshibu
Danças utilizando espadas ou leques, em um sentido amplo, são bastante antigas no Japão, remontando pelo menos ao século VIII, quando já existiam danças utilizando espadas tanto para fins cênicos quanto para fins cerimoniais. Similarmente, mais ou menos nessa época, a composição e a récita de poemas já eram populares entre a nobreza, habilidades que, posteriormente, também se difundiram entre sacerdotes, guerreiros e outros eruditos.

Acredita-se que o formato atual do Guinkenshibu começou a se desenvolver aproximadamente em meados do século XIX, já no período do final do Xogunato Tokugawa. A popularização do estudo dos poemas levou ao recital e declamação para fins de aprendizado e apresentação, formando as bases para o Shigin de hoje.
Já na Era Meiji (segunda metade do século XIX), o Kenbu ganhou os contornos da prática atual, por ocasião das iniciativas de Sakakibara Kenkichi, um famoso samurai da época, que promoveu o Kenbu como parte das diversas demonstrações de artes marciais da época.

Ainda na Era Meiji, mestres como Hibino Raifū, Chōsokabe Chikashi (Rinma) e Kanabusa Kan’ichirō desenvolveram e formalizaram o Kenbu como é praticado hoje em dia, criando estilos de Kenbu que, por sua vez, geraram diversas ramificações posteriores. Dentro desse contexto, foi desenvolvido também o uso do leque em substituição à espada, gerando o Shibu.

No século XX, a declamação de poemas se difundiu não apenas entre os eruditos, mas também entre a população em geral. Mestres como Kimura Gakufū e Manago Saishū ajudaram a impulsionar o Shigin no Japão, fomentando a popularização da declamação de poemas.

Atualmente, existem diversos estilos de Kenbu, Shibu e Shigin espalhados por todo o Japão e em diversos países no exterior, incluindo naturalmente o Brasil. A organização que congrega a arte no Japão é a Nippon Ginkenshibu Foundation ( 日本吟剣詩舞振興会 ), fundada em 1968, que realiza diversos eventos da arte, incluindo campeonatos em nível nacional, além de estimular a difusão da arte e a formação de novos praticantes e instrutores.

48ª Apresentação de Canto Entoado e Dança de Espada e Leque (Guinkenshibu Taikai)
Dia 10/9/2023 (domingo) – Início: 10 horas
Local: Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa (Bunkyo) – Rua São Joaquim, 381 – Pequeno Auditório – Liberdade, São Paulo.

Onde praticar
Os locais de prática podem ser obtidos através do contato com a União Cultural Guinkenshibu do Brasil.
Contato: Miyamura (11) 98296-8834 (WhatsApp)

set 042023
 

O Japão tem 55 vulcões ativos, quase 30 furacões e cerca de 1500 terremotos por ano, tsunamis e inundações. Não é um lugar fácil. Por isso, o país vem desenvolvendo, ao longo de sua história, estratégias e meios para superar cada acontecimento, e principalmente, evitar que haja muitas vítimas. Desastres naturais acontecem, e muitos deles não têm como serem previstos ou impedidos, mas há como a população, a sociedade civil e o governo se prepararem para quando acontecer.

A Associação Fukushima Kenjin do Brasil e a Abrademi realizarão uma palestra com o tema “Os Desastres Naturais do Japão – As tragédias que mudaram os japoneses”. Serão abordados os principais acontecimentos que ficaram na história e as transformações que ocorreram no Japão, além dos preparativos da população, e a atuação dos voluntários nesses acontecimentos. Os palestrantes são:

Francisco Noriyuki Sato, jornalista, editor de livros e professor de História do Japão;

Bruno Ramos, doutor em Química pelo Instituto Tecnológico de Tóquio, estudava no Japão em 2011, na ocasião do Grande Terremoto e Tsunami de Tohoku e foi como voluntário ajudar em Fukushima;

Ricardo Sasaki, doutor em direito, ex-vice-cônsul do Brasil no Japão, e atual diretor executivo da Ajinomoto, visitou uma das cidades mais atingidas pelo tsunami em Fukushima logo após o acontecimento.  

Dia 16 de setembro de 2023 (sábado), das 9 às 12 horas
Local: Associação Fukushima Kenjin do Brasil
Rua da Glória, 721 – Liberdade – São Paulo
Entrada franca

Apoio Institucional: Consulado Geral do Japão em São Paulo e Fundação Japão em São Paulo

ago 312023
 

Inscrições abertas para o Exame de Proficiência em Língua Japonesa.

O Exame de Proficiência em Língua Japonesa (Japanese Language Proficiency Test – JLPT) será aplicado novamente em dezembro aqui no Brasil. As inscrições podem ser feitas a partir do dia 14 de agosto até o dia 11 de setembro pelo site www.jlpt.org.br.

O exame será aplicado no dia 3 de dezembro (domingo) nas cidades de São Paulo (SP), Londrina (PR), Belém (PA), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Manaus (AM), cumprindo todos os protocolos sanitários exigidos pelas autoridades.

Iniciado no Japão em 1984, o JLPT é considerado o maior teste mundial de avaliação de proficiência em língua japonesa, reunindo anualmente 85 países e mais de 1 milhão de inscritos no mundo todo.

No Brasil, o teste é realizado pelo Centro Brasileiro de Língua Japonesa, em correalização com a Fundação Japão.

Sobre o exame: O JLPT tem o objetivo de avaliar e certificar a proficiência em língua japonesa, e é um dos exames mais reconhecidos por instituições de ensino e empresas, sendo considerado um diferencial para candidatos a bolsas de estudos no Japão e para quem busca oportunidades de carreira em empresas japonesas. O exame busca avaliar o candidato não apenas pelo conhecimento do vocabulário e da gramática da língua japonesa, mas também pela habilidade de aplicar esse conhecimento na comunicação do dia-a-dia, medindo três elementos principais: o conhecimento da língua, a capacidade de leitura e a compreensão auditiva.

O JLPT é oferecido em cinco níveis (N1, N2, N3, N4, N5), sendo que o N5 e N4 são mais básicos, voltados para situações cotidianas. Já o N1 e N2 são os níveis mais avançados, indicando capacidade para uso no trabalho ou na Universidade. O N3 propõe um equilíbrio entre esses níveis, servindo bem para quem vai morar por um tempo no Japão. Confira o valor da taxa de Inscrição para o exame: N1: R$ 250,00; N2: R$ 220,00; N3: R$ 210,00; N4: R$ 200,00; e N5: R$ 190,00.

Serviço:
Exame de Proficiência em Língua Japonesa (JLPT)
Data: 03/12/23 (domingo)
Período de inscrição: 14/08 a 11/09
Inscrições pelo site www.jlpt.org.br

Sobre o CBLJ
O Centro Brasileiro de Língua Japonesa é uma entidade civil sem fins lucrativos, fundada em maio de 1985 com a missão de contribuir para a formação educacional e cultural dos professores e alunos das escolas de língua japonesa no Brasil. Promove e realiza cursos de capacitação, seminários, conferências e eventos, difundindo a língua e a cultura japonesa no Brasil. Saiba mais em www.cblj.org.br.

Centro Brasileiro de Língua Japonesa
E-mail: info@cblj.org.br | Tel: (11) 5579-6513
Correalização: Fundação Japão em São Paulo

ago 312023
 

A cidade de Shirakawa, na província de Fukushima está realizando o concurso de Haiku (Haikai), que aceita participantes estrangeiros.

Considerada a porta de entrada de Oushu (região das atuais províncias de Fukushima, Miyagi, Iwate e Aomori), o posto de fiscalização de Shirakawa foi o local onde o famoso poeta Matsuo Basho passou em sua longa peregrinação descrita no livro “Oku no Hosomichi” (Trilhas Longínquas de Oku, no título do livro em português, na ótima tradução de Mieko Shimon).

Basho, que tinha 46 anos de idade, era considerado velho na época, e estava cansado de sua viagem, mas quando viu a beleza de Shirakawa, decidiu prosseguir a jornada, que durou 156 dias e completando quase 2.300 quilômetros percorridos por ele e seu assistente, a pé. No livro, Basho escreve um haiku para Shirakawa e registra o ato do nobre e poeta Fujiwara no Kiyosuke, que viveu 500 anos antes dele, que até teria colocado seu traje formal da corte em respeito à beleza do lugar.

5º Concurso de Haiku “Basho Barreira Shirakawa”

Prazo final: 15/09/2023 (atenção: horário do Japão. Do Brasil precisa ser enviado até o dia 14/9 por causa do fuso horário)

Os trabalhos precisam ser em idioma japonês. O tema para os japoneses é: “Shirakawa e as quatro estações” na categoria livre e “道” (michi), que é “caminho” ou “estrada”. Nessa categoria, é obrigatório o uso do termo “michi” dentro do haiku. Há uma categoria infantil (até ginasial) com tema livre. Para os residentes fora do Japão, o tema é 「希望」, que significa “Esperança”. Pode enviar até três poemas por autor.

Inscrição dos haiku: pode ser feita pelo site: https://www.shirakawa.jp/ssl/shirakawa/mailform.php?code=194

O regulamento completo está aqui: https://www.city.shirakawa.fukushima.jp/page/page007427.html

No ano passado, o concurso recebeu 114 poemas do exterior, principalmente do Brasil. E houve vários premiados. Para ter uma ideia dos haikus premiados: https://www.brasilnippou.com/2023/230110-22colonia.html