fev 202013
 

A Fundação Japão realiza a exposição do projeto “Ukiyo-e Heroes”, com 15 obras (xilogravuras) do ilustrador norte-americano Jed Henry, durante o período de 04 de março a 12 de abril de 2013 no JOH MABE Espaço Arte & Cultura, Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 4.225 – Jardim Paulista – São Paulo – Tel: (11) 3885-7140.

“Ukiyo-e Heroes” é um projeto sem precedentes. Uma série de paródias envolvendo personagens de videogames já foi feita, é verdade. Mas o que eles (Jed, o artista ilustrador e David, o gravador) fizeram quando decidiram juntar cultura pop com gravura tradicional japonesa resgata o próprio pensamento do Ukiyo-e. Para tal é preciso enfatizar que as estampas japonesas, que encantaram os impressionistas europeus do século XIX, sobretudo pela nostalgia e exotismo, eram, na verdade, retratos da vida cotidiana e de ícones, tais como as cortesãs e os atores famosos, contemporâneos à época em que foram feitas. Jed, ao trazer sua paixão por videogames, juntamente com seu magnífico traçado e composição, para o universo da gravura japonesa, o qual David domina e executa com exímio talento há mais de 30 anos, atualiza a tradição desta arte e nos aponta para as origens dos videogames.”, afirma Fernando Saiki, autor do artigo sobre a prática da estampa japonesa no livro “Imagens do Japão II”, organizado por Christine Greiner e Marco Souza.

Além da exposição, haverá um bate papo e demonstração da técnica do “Mokuhanga “(Imagem impressa pela madeira), no dia 02 de março de 2013 (sábado), em dois horários, às 10h e 14h, com o ilustrador, Jed Henry. O artista plástico brasileiro Fernando Saiki, que desenvolve obras em xilogravura japonesa, também participa do evento. A conversa, toda em inglês, terá tradução consecutiva para o português. As inscrições para o bate papo, limitadas a 35 pessoas por turma, devem ser feitas pelo site www.fjsp.org.br.

Durante a passagem pelo Brasil, Jed também profere uma palestra fechada aos alunos da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.

Ukiyo-e Heroes – O projeto iniciado em abril de 2012, em parceria com o gravador anglo-canadense residente em Tóquio, David Bull, já arrecadou U$ 313,000 na plataforma digital Kickstarter, ganhando destaque na mídia internacional, noticiado no jornal The Japan Times, na revista GQ, no site CCN Money e na versão digital da revista Wired (edição japonesa e inglesa).

Ukiyo-e – A tradução de Ukiyo-e (“Figuras de um mundo flutuante”), nascido no Japão durante o Período Edo (1603-1868), refere-se a um termo budista sobre a brevidade e a incerteza da vida. Sua criação reflete basicamente às mudanças comportamentais da época (como o nascimento da classe burguesa), quando a arte se tornou popular. As primeiras gravuras foram realizadas para ilustrar livros, mas Ishikawa Moronobu (?-1694), considerado o pai do Ukiyo-e, cunhou a gravura Ichimai-e ou Ichimai-zuri, ou seja, folha avulsa, sem ligação com qualquer livro. Mas foi com Okumura Masanobu que o ukiyo-e ganhou inovação, com o desenvolvimento da gravura de perspectiva (uki-e) e de pilastra (hashira-e). E o artista Suzuki Harunobu a elevou a um grau de complexidade e sofisticação, compondo imagens de até dez cores impressas em blocos diferentes.

A temática era variada, mas se concentrava na vida urbana e as cenas do cotidiano (cortesãs, lutadores de sumô e atores de teatro kabuki, também nascido na época), com destaque, para as paisagens, cidades japonesas e as inúmeras representações/vistas do monte Fuji, um dos maiores cartões postais nipônicos. Com a abertura do Japão ao Ocidente, na Era Meiji (1868-1912), e a popularização de métodos mais baratos, como a gravura em metal, litografia e a fotografia, o ukiyo-e cai em desuso. Usado como papel de embrulho de porcelanas e cerâmicas exportadas para Europa, iria influenciar drasticamente pintores impressionistas franceses, como Claude Monet.

Jed Henry – Ilustrador norte-americano, graduado em Bacharel em Fine Arts Animation (2005-2008) pela Brigham Young University (BYU), em Utah, Estados Unidos. Na área da animação, estagiou na SONY Pictures e ganhou prêmios como o primeiro lugar (Student Emmys) e terceiro (Student Academy Awards), com “KITES”, seu filme/tese de graduação, em 2008. Ilustrou livros infantis da editora Houghton Mifflin, entre outras como a Penguin, Harper Collins e Candlewick. Além disto, se considera um jogador de videogames profissional, japanófilo e nerd assumido.
Fernando Saiki – Artista plástico formado pela Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP), com especialização em Escultura, em 2004. Pesquisa e desenvolve trabalhos plásticos em xilogravura japonesa (mokuhanga), além de ministrar cursos e oficinas, desde 2006.
jan 282013
 

Retratos dos Imigrantes em Exposição

Começou no dia 23 de janeiro e prossegue até o dia 28 de fevereiro a exposição “A História da Imigração Japonesa Através de Retratos”.
Ao todo, são 18 quadros de pintura, que retratam personalidades de reconhecida importância ao desenvolvimento dos imigrantes japoneses no Brasil.

A exposição poderá ser vista de terça a domingo, das 13h30 às 17h30, no Museu da Imigração Japonesa, na Rua São Joaquim, 381 – 8º andar – Liberdade – São Paulo – SP. Ingressos: R$ 6,00 (entrada franca aos menores de 5 anos e acima de 65 anos / meia-entrada para crianças e estudantes)
Mais informações: (11) 3209-5465 – museu@bunkyo.org.br

As pessoas retratadas e os autores:

– Teijiro Suzuki, secretário da Hospedaria dos Imigrantes e intérprete (Tomoo Handa)
– Umpei Hirano, fundador da colônia japonesa Hirano (Tomoo Handa)
– Sadao Matsumura, primeiro cônsul do Consulado Geral do Japão em São Paulo (Tomoo Handa)
– Tetsusuke Tarama, diplomata (T.Kimisaka)
– Shuhei Uetsuka, advogado e um dos pais da imigração no Brasil (Tomoo Handa)
– Yusaburo Yamagata, empresário pioneiro (Tadashi Kaminagai)
– Rokuro Koyama, jornalista, proprietário do Seishu Shinpo [Notícias de São Paulo] (Tomoo Handa)
– Ryoji Noda, diplomata e escritor (Kichizaemon Takahashi)
– Sentaro Takaoka, médico e pesquisador da malária (Yoshiya Takaoka)
– Kiyoshi Yamamoto, gerente geral da Fazenda Tozan, líder da coletividade nipo-brasileira e doutor em Agronomia (Yoshiya Takaoka)
– Hissae Sakiyama, pioneiro da colônia amazonense (Tomoo Handa)
– Kunito Miyasaka, fundador do Banco América do Sul e líder da colônia japonesa (Yoshiya Takaoka)
– Carlos Yoshiyuki Kato, fundador do Banco América do Sul (Yoshiya Takaoka)
– Yoshiya Takaoka, pintor, desenhista, caricaturista e professor (Auto-retrato)
– Yuji Tamaki, pintor (Tomoo Handa)
– Mario Masato Aki, pintor (Auto-retrato)
– Shigeto Tanaka, pintor (Tomoo Handa)
Tomoo Handa, pintor, escritor e professor (Auto-retrato)
dez 072012
 

A 8º Exposição de Artes Plásticas da Associação Gifu Kenjin será realizada no Consulado Geral do Japão, Avenida Paulista, 854, Edifício Top Center, São Paulo/SP. Artistas japoneses, brasileiros descendentes e não descendentes de japoneses expõem seus trabalhos com o tema livre. Uma das participantes é a pintora Matilde Naoko Ezawa (http://www.flickr.com/photos/artexplorer/2585887678/). O evento começa dia 11 e vai até dia 21 de dezembro de 2012, no horário das 10 às 17h30, com entrada franca. A cerimonia de abertura está marcada para o dia 10/12 às 17h30. Informações: Assoc. Gifu – Tel. 3209-8073