nov 212014
 

DSCN6250Existem vários museus em Tóquio, e esse não é o maior, mas é muito grande e a visita é obrigatória para entender a história moderna do Japão. O Edo-Tokyo Museum fica bem ao lado do Ryogoku Kokugikan, local onde acontecem os tradicionais campeonatos de sumô, outro lugar que merece uma visita, pois funciona no local o museu do sumô.

O moderno prédio de sete andares contrasta com o seu conteúdo, mas não importa, lá dentro é uma imersão na história japonesa, principalmente de Tóquio. Subindo por largas escadas em local aberto chega-se aos guichês de venda de ingressos. Esse é o terceiro andar do prédio. Dali, as entradas se dividem para o acesso às exposições temporárias e ao acervo fixo do museu. Para quem tem dificuldade com o idioma, há guias voluntários que ficam no sexto andar. Inglês, francês, alemão, chinês, espanhol, russo e até húngaro, mas não tem guias que falem português. Há também aparelhos de audio para alugar, mas também nada de português.

DSCN6211A visita deve ser iniciada pelo sexto andar. Aqui está uma mostra de como era a cidade no período Edo (1603 a 1868), com uma réplica da ponte Nihonbashi, toda de madeira clara, e muitos mapas e maquetes da cidade. Embaixo da ponte está o quinto andar, dividido entre o período Edo e Meiji (1868 a 1912). Um grande espaço para entender como viviam os samurais e as pessoas comuns, o que eles liam e usavam. Há uma vistosa réplica de um teatro da época, que contrasta com o edifício quase ocidental do outro lado do salão, que representa o bairro de Ginza. O grande terremoto de 1923 que destruiu a região e o bombardeio durante a Segunda Guerra são também lembrados com fotos e objetos. Há uma réplica em tamanho real de uma casa típica, onde o visitante pode entrar e ver, e as carruagens que também podem ser experimentadas. É uma viagem ao passado.DSCN6014

Nos andares inferiores ficam as exposições temporárias. Uma grande exposição sobre as Olimpíadas de Tóquio de 1964, que comemoram o 50º aniversário, e sobre o trem-bala inaugurado pouco depois, foi o destaque até 16 de novembro. E até dia 30 de novembro, poderá ser vista a exposição fotográfica de Koji Morooka sobre a modernização do bairro de Ginza.

O museu promove constantemente palestras e debates, e possui até uma espécie de clube, onde os associados se reúnem para trocar idéias sobre história local. Há uma biblioteca para consulta, algumas lojas de presentes e livros e três restaurantes e um local amplo para saborear “obentô”.edotokyo

Edo-Tokyo Museum funciona das 9h30 até 17h30. Não funciona às segundas, e aos sábados funciona até 19h30.
Tokyo, Sumida-ku, Yokoami, 1-4-1. Tel.03-3626-9974. Fica na saída da Estação Ryogoku da JR, saída Oeste. Esse bairro tem vários restaurantes que servem “chanko”, prato tipico dos lutadores de sumô, por causa da arena de sumô. Os ingressos custam 600 ienes para adultos. Estudantes do ensino médio e os visitantes acima de 65 anos pagam meia entrada.
Veja o site do Edo-Tokyo Museum em inglês
Veja também nosso post anterior sobre esse bairro
nov 182014
 
BabyMetal na foto de Graham Berry

BabyMetal na foto de Graham Berry

Não há como ser indiferente à nova sensação do J-Pop / J-Rock. Alguns vão odiar, mas com certeza muitos já amam a banda BABYMETAL.
A banda define seu estilo como um novo gênero, o kawaii metal, uma mistura do J-Pop com o heavy metal – algo tão novo e estranho que a própria imprensa tem dificuldade em classificar (apareceram expressões como “symphonic death metal” e “melodic speed metal” para tentar descrever o estilo musical da banda). Como definir em poucas palavras a mistura de meninas kawaii adolescentes com atitude roqueira, figurinos gothic-lolita, vocais e coreografias de “idols” J-Pop, mais muito som heavy metal – e fazer essa mistureba dar certo? Só no Japão surgiria algo assim.
O trio que canta e dança (considere que dançar é algo que bandas de heavy metal não fazem) é formado por Suzuka Nakamoto (Su-Metal, 16 anos), Yui Mizuno (YuiMetal, 15 anos) e Moa Kikuchi (MoaMetal, 15 anos). Junto com o instrumental pesado da banda Kiba of Akiba, a BABYMETAL acaba de fazer sua primeira turnê internacional.
Apesar da pouca idade, as meninas da BABYMETAL se apresentam como artistas experientes em festivais de heavy metal no Japão e no exterior, encarando multidões de metaleiros e fazendo muito marmanjo babar. A banda foi formada por KobaMetal, produtor da Amuse Inc., empresa japonesa que forma “idols” adolescentes para o mercado J-Pop. A inspiração para a banda veio da similaridade que a expressão “heavy” (“hebi~” em japonês) tem com a palavra “baby” (“bebi~” em japonês) e do contraste entre as duas idéias. Em entrevistas as meninas da BABYMETAL contaram que quando o produtor explicou para elas, então com 11 anos de idade, a visão que ele tinha para elas e a banda, a reação delas foi uma careta e a pergunta: “Como é que é!?”
O sucesso começou em 2011 quando o vídeo-demo da música “Doki Doki Morning”, primeiro single da BABYMETAL, foi lançado no Youtube e se tornou viral alcançando mais de 1 milhão de acessos em um ano. Em 2012, ao se apresentar no Summer Sonic Rock Festival, o maior do Japão, as meninas da BABYMETAL se tornaram as artistas mais jovens a se apresentar no evento. No ano seguinte elas voltaram ao Summer Sonic e fizeram o vídeo promocional do lançamento no Japão do filme da banda Metallica, “Though the Never”.
Em fevereiro deste ano elas lançaram seu primeiro álbum, que na semana de lançamento atingiu a 4a. posição da Oricon, a 2a. posição na Billboard Japan e a 187a. posição na U.S. Billboard General Chart (o fato de algum artista japonês conseguir entrar na lista é por si só um grande feito). Em março a BABYMETAL fez seu primeiro show com lotação esgotada no Budokan Hall em Tóquio (praticamente um rito de passagem para toda banda ou artista ser considerado grande no Japão). Os meses de junho, julho e agosto foram uma maratona de shows solo e apresentações em festivais na Europa e nos Estados Unidos, onde a BABYMETAL também fez o show de abertura na turnê americana do show da Lady Gaga: “ArtRave: The Artpop Ball”. O aberto apoio que Lady Gaga deu à BABYMETAL catapultou a banda à fama internacional.
De volta ao Japão, a BABYMETAL está trabalhando no próximo álbum, que será gravado ao vivo num novo show no Budokan Hall, no dia 07 de janeiro de 2015. Superadas a surpresa e a incredulidade diante da novidade, a BABYMETAL segue rumo ao estrelato, “totally & kawaiilly WAdical!!” Yeah!!

Video – Megitsune

Video – Uki Uki Midnight

https://www.youtube.com/watch?v=W-2Z_kQpdW0

Video – Akatsuki – Su-Metal com a banda X Japan

nov 172014
 

DSCN6389A cidade de Kanazawa, na província de Ishikawa, possui três bairros onde as cha-ya (casas de chá onde as gueixas se apresentam) foram permitidas, e que continuam funcionando até hoje. São ruas estreitas com casas de madeira, todas com dois andares, e hoje a maioria é ocupada por restaurantes e lojas de doces típicos da região. O maior desses bairros é o Higashi Cha-ya Gai, ou área de casas de chá da região leste. Já foi uma região frequentada por ricos comerciantes e atualmente vive cheio de turistas do Japão e do mundo.

DSCN6410DSCN6412Uma das casas que pode ser visitada é a Shima. Ela foi construida em 1820, como uma típica e requintada casa de chá, e foi a única preservada no seu estado original até hoje. Considerada um patrimônio histórico nacional, a casa é grande e muito bonita, refletindo os gostos estéticos do final do Período Edo. Na época, quando todas as casas eram térreas, só as cha-ya tinham o andar superior. A construção, toda em madeira, era cara e construir dois andares era mais difícil. No caso das cha-ya, a sua funcionalidade exigia o segundo andar, pois era lá que os convidados eram recebidos e onde as gueixas se apresentavam. Na casa Shima, chama atenção o teto alto do segundo andar, em contraste com o primeiro andar. Teto mais alto era símbolo de riqueza, já que o custo da construção aumentava bastante. No andar inferior ficavam a cozinha, banheiro, jardim, e a recepção, ficando o depósito e o poço no porão. Nessas casas se apresentavam as gueixas, com sua música leve e dança, tudo sobre tatamis que forram a casa toda. Nas cha-ya eram servidos o chá e algum doce. Ocasionalmente, o anfitrião da festa requisitava um jantar para os convidados, e então, um restaurante fazia a entrega no local.

DSCN6430Para entrar no segundo andar da casa Shima era necessário fazer parte de um seleto grupo de comerciantes da região. Pessoas comuns não tinham acesso, mesmo pagando, pois a casa servia apenas à elite. Por incrível que pareça, os samurais e os funcionários públicos eram proibidos por lei a se divertirem nas cha-ya.

A casa Shima permite que o turista visite o estabelecimento com ingresso simbólico, mas também oferece a opção da visita com um chá (matcha da cerimônia de chá) acompanhado de um doce fresco que reflete a estação do ano. O chá é saboreado numa mesa comprida com vista para o jardim interno típico japonês.

nov 172014
 

himi fujioN6343Himi é uma pequena cidade litorânea de 50 mil habitantes da província de Toyama. Ela passaria despercebida se não fosse pela destacada atividade pesqueira e por um nativo ilustre, o desenhista de mangá Motoo Abiko. “Fujiko Fujio” que assinou desenhos famosos como Doraemon, Paaman e Obake no Q-Taro, era uma dupla de amigos, que passaram a trabalhar individualmente em 1987. Um deles era Hiroshi Fujimoto e o outro era Motoo Abiko. Os dois, ainda bem jovens, seguiram o exemplo de Osamu Tezuka, seguiram seus sonhos, e foram parar no conjunto de apartamentos Tokiwa, em Tóquio, onde moraram, na mesma época, com Fujio Akatsuka e Shotaro Ishinomori, dois grandes nomes que ajudaram a construir o mangá de hoje.himi fujioN6347

Depois da separação profissional da dupla, Motoo adotou o nome artístico de Fujiko Fujio A e continuou produzindo seus mangás. A cidade de Himi homenageia esse artista em todos os lugares, tanto que é um museu a céu aberto dos personagens de Fujio A, cujas estampas cobrem os ônibus da cidade, os vagões de trem, os taxis, e há estátuas nas principais ruas, além de um museu exclusivo. Mas o mais incrível são as estátuas de quatro de seus personagens em destaque no meio de um templo budista. Há explicação para isso: Fujio A nasceu dentro desse templo!

Himi, por ser uma cidade de pescadores, possui um grande mercado em estilo japonês, novinho e muito limpo, onde, por incrível que pareça, não há gelo respingando, moscas e o cheiro de peixe.

nov 162014
 
Vencedora da etapa brasileira na categoria de12 a 15 anos

Vencedora da etapa brasileira na categoria de12 a 15 anos

Vai até 15 de dezembro de 2014, o prazo para inscrever-se no concurso de desenho “Toyota Dream Car Contest”. Crianças e adolescentes entre 04 e 15 anos de idade, de qualquer parte do País, podem participar com desenhos de autoria própria sobre o tema “O carro dos seus sonhos”.

O objetivo do concurso é estimular a criatividade dos participantes, trabalhando o tema de educação no trânsito e fortalecendo o relacionamento entre a Toyota do Brasil e sua rede de concessionárias e as comunidades onde estão inseridas. Os participantes são divididos em três categorias por idade. Três vencedores de cada categoria recebem prêmios e participam da etapa mundial, concorrendo com trabalhos vencedores de outros países. Os vencedores da etapa mundial, bem como seus familiares, recebem uma viagem ao Japão para para participarem da cerimônia de premiação. O formulário de inscrição e o regulamento completo estão no site toyota dream car.

Veja como foi o concurso do ano passado: abrademi.com