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Estão abertas as inscrições para o 1º Concurso de Anime Song Dance no Brasil da Fundação Japão. Os interessados têm até 9 de fevereiro para participar, enviando a ficha de inscrição preenchida. Todos os inscritos deverão, também, encaminhar, até 20 de fevereiro, um vídeo com a performance, para a etapa de seleção.
O concurso acontecerá em 18 de março, a partir das 16h, no Bunkyo – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas em https://fjsp.org.br/agenda/1_concurso_anisong_dance/.
Haverá premiações de até R$ 2 mil (grupo) e R$ 500 (solo).
O evento conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Bunkyo, Identidade Hip Hop e K.Ö. Entertainment.
ANIME SONG DANCE
Originada no Japão, a Anime Song Dance é a dança e performance cujos movimentos são inspirados nos personagens e histórias dos animes, assim como em suas músicas, tanto letras, como ritmos, que são incorporadas à dança.
Tudo começou de forma inusitada, quando integrantes do Real Akiba Boyz, b-boys otaku considerados precursores do movimento, experimentaram dançar street dance ao som da música do anime que tanto gostavam.
Assim, o Anime Song Dance passou a marcar o encontro da cultura do Anime com o Street Dance, incorporando uma infinidade de estilos de dança e performances: Free Style, Breaking, Locking, Popping, passando pelo HipHop, Jazz, House, Pole Dance e até malabarismo e performances Otakus originais.
No Japão, os eventos de batalha deste tipo de dança vêm se popularizando, nos mesmos moldes do Street Dance, como o Akibaccano e Akiba x Street. Em 2018, o evento de Anime Song Dance “Akiba x Street”, promovido pelo Real Akiba Boyz, foi premiado pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do governo japonês.
PREMIAÇÕES
Categoria Grupo
1º lugar – R$ 2.000,00
2º lugar – R$ 1.000,00
3º lugar – R$ 500,00
Categoria Solo
1º lugar – R$ 500,00
2º lugar – R$ 300,00
3º lugar – R$ 100,00
SERVIÇO
1º Concurso de ANIME SONG DANCE da Fundação Japão
Prazo para inscrição: 9 de fevereiro de 2023 (quinta)
Prazo para o envio dos vídeos para etapa de seleção: 20 de fevereiro de 2023 (segunda)
Divulgação do resultado dos selecionados para apresentarem no evento: 9 de março de 2023 (quinta)
Data do evento: 18 de março de 2023 (sábado), às 16h
Local do evento: Bunkyo – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social
Endereço: Rua São Joaquim, 381 – Liberdade – São Paulo – SP
Regulamento do concurso: [clique aqui]
Inscrições: gratuitas
Mais informações e inscrições: https://fjsp.org.br/agenda/1_concurso_anisong_dance/
Em dezembro de 2014 a revista especializada “Zexy”, líder do segmento moda noiva e organização de eventos matrimoniais no Japão, publicou uma edição especial disputadíssima, que meio que “oficializou” um casamento, que nunca ocorreu: a união de Oscar de Jarjayes e André Grandier, protagonistas do mangá “A Rosa de Versalhes” da desenhista Riyoko Ikeda. O que chama a atenção neste caso é que ao invés de apresentar matérias com fotos de modelos reais a caráter em igrejas e salões decorados para a ocasião, os modelos dessa edição são personagens fictícios: desenhos de quadrinhos!
Nas últimas décadas fãs passaram a produzir ilustrações e histórias procurando realizar o sonho que Oscar e André não puderam realizar em “A Rosa de Versalhes”: se casar.
Após dezenas de anos de pedidos de fãs, a autora Riyoko Ikeda finalmente cedeu e criou as ilustrações publicadas na “Zexy”, revelando certo desconforto ao fazer esse trabalho numa entrevista: “Gastei toda minha energia para desenhar essas páginas, mas me senti tão envergonhada que não pude sequer ficar lá”. É difícil entender sentimentos contraditórios em relação a ilustrações, que embora tenham alegrado as fãs, causaram constrangimento à autora.
Teorias sobre o luto falam das etapas de negação, raiva, negociação, depressão e aceitação, e o fato é que fãs de “A Rosa de Versalhes” parecem estar longe da aceitação mantendo Oscar e André vivos na lembrança e produzindo desenhos onde ambos se casam, têm filhos e uma vida normal. Pode ser que desejar que esses personagens tivessem tido um final feliz seja uma bela negação e de que ilustrações do casamento que nunca ocorreu na história original seja a manifestação definitiva do mais longo luto da história do mangá, que completa 50 anos em 2022. Mas já que o amor tudo conquista, e tendo se tornado parte da cultura popular contemporânea, o romance de Oscar e André pode literalmente alcançar a imortalidade repetindo o fenômeno previsto por Shakespeare ao final de sua peça mais famosa, pois “há de viver de todos na memória de Romeu e Julieta a triste história”.
Texto: Cristiane A. Sato, autora de JAPOP – O Poder da Cultura Pop Japonesa, NSP Editora.
Saiba mais sobre “A Rosa de Versalhes”, conhecida também como “Berubara” entre os fãs
Para entender mais sobre esse tema:
“O Culto ao Barroco Romântico no Japão”. Dia 11 de setembro de 2021, on-line, às 9 horas. Palestra com a profa. Cristiane A. Sato. Promoção da Abrademi e da Associação Cultural Mie Kenjin do Brasil. Evento gratuito.
Reserve já sua vaga pelo Sympla.
Publicado pela primeira vez em capítulos semanais na revista “Margaret” de abril de 1972 a dezembro de 1973, o mangá “A Rosa de Versalhes” se tornou um imediato sucesso ao contar a história trágica da Rainha da França, Maria Antonieta, e da Revolução Francesa. O próprio mangá se tornou um marco ao revolucionar o chamado mangá feminino, antes visto com desdém pelo mercado editorial uma vez que até então os quadrinhos para meninas de 8 a 15 anos não passavam de melodramas superficiais e altamente fantasiosos.
Apesar de romancear a história com referências ao glamoroso Palácio de Versalhes e à vida de luxo da corte, o mangá também mostrou temas que hoje seriam muito politicamente incorretos para crianças, como a vida de crimes, pobreza e revolta nas favelas de Paris e a prática de corrupção, pedofilia e vícios diversos de membros da aristocracia e da igreja. Maria Antonieta é mostrada como a primeira grande vítima de fake news da história, humanizada por sua ingenuidade e redimida por seu amor incondicional aos filhos. Axel von Fersen, aristocrata sueco que foi amante da Rainha, é mostrado como a personificação da devoção e do cavalheirismo.
Os fatos históricos que culminaram na Revolução Francesa são contados no mangá sob a ótica de Oscar, filha caçula de uma tradicional família de militares criada pelo pai como homem para poder herdar os privilégios da família e de André, seu criado e amigo mais terno e leal. Ao longo da série o relacionamento entre Oscar e André evolui da amizade fraternal na infância ao amor adulto proibido pela diferença de classes sociais. Às vésperas da Revolução o ato supremo de rebeldia de Oscar e André foi assumir o amor que tiveram por toda a vida e lutar pelos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Por serem Maria Antonieta e Fersen personagens históricos todos já sabiam qual era o final deles, mas sendo Oscar e André personagens fictícios o destino deles era uma incógnita e o desenrolar dessa história prendia os fãs. Assim, foi um grande choque coletivo quando Oscar morreu lutando por seus ideais comandando a Queda da Bastilha e André morreu heroicamente tentando salvá-la, o que desencadeou uma crise real quando milhares de fãs manifestaram surtos de choro e sintomas de luto sincero – tudo causado por um mangá!
Desde então “A Rosa de Versalhes” virou um cult. A história ganhou versões em teatro, TV, cinema, se espalhou pelo mundo e popularizou o estilo rococó e o setecentismo como o auge das artes do Ocidente no Japão, Taiwan e Coréia do Sul. Na Europa a série em animê foi um grande sucesso, especialmente na Itália onde gerações de senhoras ainda se lembram do impacto de “Lady Oscar”: apesar de ser um desenho animado, muitas mães assistiram a série com os filhos pois a história também cativou um público adulto. Assim como no Japão, na Itália a comoção geral e as lágrimas se repetiram: em tempos sem Internet a TV reinava absoluta e todos viam os mesmos programas ao mesmo tempo.
Para entender mais sobre o tema:
“O Culto ao Barroco Romântico no Japão”. Palestra on-line ministrada e gravada no dia 11 de setembro de 2021, às 9 horas. Palestra com a profa. Cristiane A. Sato. Promoção da Abrademi e da Associação Cultural Mie Kenjin do Brasil. Assista a gravação no Youtube (acima).
Caso queira, há a versão falada em inglês da mesma palestra: English Version “Japan’s Romantic Baroque Culture”
Numa época em que ninguém sabia o que era mangá, a não ser os japoneses e os descendentes que dominavam o idioma, um grupo iniciou um trabalho voluntário de divulgação dessa cultura pop como arte japonesa. A Abrademi surgiu da junção da comissão de exposição de quadrinhos e ilustrações da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa (Bunkyo) com a Associação dos Amigos de Mangá, fundada dentro da Universidade de São Paulo pela professora Dra. Sonia Maria Bibe Luyten, a pioneira a tocar nesse assunto nos meios acadêmicos.

Roberto Kussumoto, Kimil Shimizu, José Yukuo Oki, Noriyuki, Roberto Higa e Margarete Shibuya Itai, três anos antes da fundação da Abrademi, na entrada lateral do Bunkyo.
Incentivada pelo sr. Masuichi Omi, então presidente do Bunkyo, que via no mangá a facilidade de divulgação da cultura japonesa, a Abrademi começou, em fevereiro de 1984, realizando aulas de desenho e exposições. O mestre Tezuka Osamu, Deus do Mangá, visitou o Brasil no final de setembro daquele ano. Os grandes jornais deram destaque e as suas palestras foram bastante concorridas, assim como os desenhos animados de Tezuka exibidos no MASP. A Abrademi coordenou a parte brasileira dessa exposição no MASP, com artes originais de artistas como Júlio Shimamoto, Eugênio Colonesse, Jorge Kato, Osnei Furtado, Louis Chilson, Jayme Cortez, Cláudio Seto, Roberto Higa, Eduardo Vetillo, Novaes, Paulo Fukue, Watson Portela, Roberto Kussumoto, Seabra, Vilachã, Rodval Matias, Mozart Couto, Gedeone Malagola, Rodolfo Zalla, Flávio Colin, Franco de Rosa, Kimil Shimizu, Michio Yamashita, e muitos outros, além de desenhistas amadores da Abrademi. Na ocasião, Tezuka Osamu ministrou uma aula para a Abrademi, no Bunkyo da Liberdade.
A Abrademi publicou fanzines (Clube do Mangá e outros), promoveu debates, e já na década de 1990, começou a organizar eventos de mangá e animê, sendo a MangáCon, a pioneira em eventos desse tipo, com shows de dubladores, cantores, lojinhas, exposição de posters, exibição de vídeos, concurso de cosplay, animê-kê e anime dance. A última MangáCon foi em 2000. Mais sobre a Abrademi.
Dia 17 de março de 2019 – Domingo – Das 10 às 17 horas.
Local: Associação Cultural Mie – Av. Lins de Vasconcelos, 3352 – bem na saída do metrô Vila Mariana. Há estacionamento pago no local. As inscrições são feitas pelo Sympla, pelo link: https://www.sympla.com.br/festa-dos-35-anos-da-abrademi__457100
Será servido um Brunch (Buffet a partir das 12h00) , com: café( doce e amargo)/água mineral com e sem gás/ leite ou chá / 03 tipos de frutas da época (mamão, abacaxi, melão ou melancia)/ mini-croissant recheado de presunto e catupiry ou presunto / mini-gravatinhas( massa folhada) de parmesão e gergelin/ lanches utilizando mini-pão francês com cobertura de parmesão, gergelin, mini-integral recheados com queijo fresco, blanquet de peru, salame e presunto / salgadinhos: mini-esfihas de carne ou calabreza ou queijo, quibe ou risolis misto ou coxinha/ strudel de maçã ou mini-carolinas de chocolate / sucos naturais de laranja, abacaxi/ refrigerantes ( guaraná e cola, nas versões normal e zero e/ou light). E um bolo de aniversário, é claro!

Aula do mestre Tezuka Osamu para a Abrademi em São Paulo. Jo Takanashi traduziu tudo na hora. Jal e Franco de Rosa estão na foto.
- Haverá apresentação de slides com a história da Abrademi.
- Exibição de videoclipes do AnimeDance e exibição de vídeos históricos, como os momentos marcantes da MangáCon.
- Recortes de jornais e materiais históricos serão expostos.
- Haverá um painel na parede para os desenhistas exercitarem sua arte.
- Exposição Tezuka Osamu – Este ano completam 30 anos sem Tezuka e 35 anos da vinda do Deus do Mangá ao Brasil
- O desenhista Guilherme Raffide, do álbum “Nikkei” fará retratos em caricatura de mangá dos presentes o desenhista Francisco de Assis fará caricaturas dos presentes (ambos sem cobrar).
- Bate-papo com o editor, roteirista e desenhista Franco de Rosa e outros profissionais
- O desenhista Marco Antonio Cortez estará expondo e vendendo seus trabalhos
- Show especial do cantor Diogo Miyahara interpretando temas de animê tokusatsu.
– A Abrademi estará colhendo depoimentos para o livro comemorativo que será lançado ainda este ano. Venha participar e compartilhar sua experiência com os amigos e com os demais colegas de outras fases da Abrademi!
No valor do ingresso já está incluído o brunch, bem como as bebidas e bolo descritos acima. A Abrademi está custeando a
locação do salão e os voluntários farão os preparativos, e os participantes só estão pagando o brunch. O INGRESSO será vendido por lotes. O ingresso Antecipado 2 poderá ser adquirido até o dia 12/03/2019. Menores de 10 anos terão desconto na compra antecipada até o dia 12/03/2019. Na porta do evento, o ingresso será vendido sem desconto, ou seja, por R$ 50,00 e R$ 25,00 (menores de 10 anos).
As inscrições são feitas pelo Sympla, pelo link: https://www.sympla.com.br/festa-dos-35-anos-da-abrademi__457100
Venha comemorar conosco neste evento que vai, com certeza, ficar na história!