abr 192013
 

Uma página do mangá de Kosin Jeenseekong, da Tailândia, vencedor de 2012

O Concurso Internacional de Mangá foi criado pelo governo japonês em 2007 e já está na sétima edição. O Prêmio Ouro do 7º Concurso Internacional de Mangá será entregue ao melhor mangá dentre todos os inscritos e 03 (três) outros trabalhos que se destacarem receberão o Prêmio Prata. Os premiados serão convidados a viajarem ao Japão para participar da cerimônia de premiação e terão a oportunidade de se encontrar com artistas de mangá japoneses e visitarão editoras do segmento no Japão.

O prazo para inscrição termina dia 31 de maio, e o concurso manga – Regulamento está aqui, e o concurso manga formulario_7th em inglês e japonês aqui. Veja os vencedores anteriores ( 1º ao 6º Concurso ) www.manga-award.jp

abr 092013
 

Algumas peças de propaganda podem ser consideradas obras de arte. É o caso dos comerciais da Varig feitos na década de 60.

Para divulgar os vôos para Lisboa, a Varig encomendou um jingle para o compositor Arquimedes Messina. Chamada simplesmente de “Seu Cabral”, a música faz alusão ao descobrimento do Brasil e contou com a voz da cantora portuguesa Hilda de Castro, que estava em turnê pelo Brasil. Lançada em outubro de 1967 nas emissoras de rádio, logo depois ganhou a versão para TV assinada pela Lynxfilm, que optou pelo desenho animado, com direção de Ruy Perotti. A música fez tanto sucesso que no ano seguinte viraria marchinha de Carnaval.

Animados com o sucesso do jingle, os dirigentes da Varig logo encomendaram a Messina uma peça para divulgar o vôo Rio-Tóquio. Aproveitando a famosa lenda japonesa surgiu a música “Urashima Taro”, e para cantá-la, a apresentadora Rosa Miyake, do programa Imagens do Japão, foi escolhida. Rosa acabou gravando a versão em português e em japonês. Sucesso nas rádios em 1968, logo foi transformada em comercial de TV, pela mesma Lynxfilm e Ruy Perotti. Como aconteceu com “Seu Cabral”, “Urashima Taro” também se tornou marchinha de Carnaval no ano seguinte. Ambos figuram no livro “Campanhas Inesquecíveis” da Editora Meio & Mensagem.

Veja o comercial do “Urashima Taro”, no post do jornalista Francisco Fukushima. Aqui, no final, há uma alusão aos 80 anos da imigração japonesa, pois voltou a ser exibido em 1988.

Quem está lendo pelo e-mail não conseguirá assistir aos vídeos. Precisa entrar no site.

abr 052013
 

A cantora e compositora japonesa Tsubasa Imamura, que vem fazendo sucesso na web com covers de músicas brasileiras, grava uma versão inusitada da música Maluco Beleza, de Raul Seixas, com Kim Deschamps, ex-integrante da banda canadense Cowboy Junkies.
Nascido no Canadá e radicado nos Estados Unidos, Deschamps toca Pedal Steel Guitar. A tecnologia da internet permitiu que as gravações fossem realizadas em duas etapas: no Japão, nos estúdios da Colormark Music, localizado na província de Ishikawa; e nos Estados Unidos, no Yellow Dog Studios, em Austin-Texas.
Essa gravação faz parte de uma série de covers que a cantora vem realizando. O próximo cover já está acontecendo e tem como destaque a participação de um artista brasileiro!
A música está disponível no YouTube, desde às 11 horas (horário de Brasília) desta sexta-feira (05/04).
Veja o video aqui (quem está lendo pelo e-mail não conseguirá ver o video).

mar 282013
 

Elas são cinco meninas de 12 a 14 anos que nasceram no Japão. Em comum está o fato de serem filhas de brasileiros e que cresceram na província de Gunma, uma região onde residem muitos brasileiros.

A banda recebeu o nome de Linda Sansei (リンダⅢ世), e até o momento, as apresentações têm sido regionais e elas gravaram um clipe que vale a pena ser visto:

Esse vídeo já foi visto por mais de 66 mil pessoas em apenas uma semana, e a música Mirai Seiki eZzoo já está na programação da MTV japonesa. Trata-se de J-Pop, mas há quem chame de B-Pop.

Há poucas informações sobre Linda Sansei, mas esperamos conseguir uma entrevista exclusiva, e vamos torcer para que façam muito sucesso.

mar 272013
 

Treze milhões de cópias vendidas. “Ue o muite arukou” ou “Sukiyaki” tornou o cantor Kyu Sakamoto no japonês mais conhecido do mundo, em 1963.

Ouça a música original gravada por Kyu Sakamoto:

Aqui a versão da mesma música gravada em português pelo grupo carioca Trio Esperança:

Nascido em 1941, na província de Kanagawa, a infância de Sakamoto nao foi muito fácil. Era o período do pós-guerra, seu pai enfrentava dificuldades financeiras e bebia, e seus pais acabaram se separando quando ele tinha 14 anos. Tinham ao todo nove filhos, e os filhos menores, como o jovem Kyu, ficaram com a mãe, adotando o sobrenome dela. Assim, o nome real do cantor era Hiroshi Oshima (大島 九). O nome “Hiroshi” utilizava o kanji que mais comumente se lê como “kyu”, ou nove, como referência de ser o nono filho. Assim, o nome artístico ficou Kyu Sakamoto, usando o sobrenome do pai.

Kyu tocava trumpete na banda da escola, e aos 16 anos já era vocalista do grupo “The Drifters”, mas logo se desentendeu com os integrantes, passando a fazer parte do “Danny Iida and Paradise King”, que conseguiu gravar o primeiro disco em 1959, com Kyu no vocal, e alcançou um grande sucesso. Kyu foi convidado a gravar sozinho e estreou com a música “Ue o muite arukou”. Sucesso imediato. A sorte maior veio quando o inglês Louis Benjamin, proprietário da Pye Records, ouviu a música em sua visita ao Japão, em 1963. Depois de constatar a dificuldade que os britânicos teriam para pronunciar o nome da música, resolveu alterá-la para “Sukiyaki”, simplesmente porque era fácil de falar e era japonês. Primeiro, ele lançou a versão instrumental da música, que foi gravada por Kenny Ball and his Jazzmen. Depois do sucesso dessa versão, foi a vez de lançá-la na voz de Kyu Sakamoto, que alcançou o sexto lugar nas paradas inglesas. A música foi lançada nos EUA, no mesmo ano, pela Capitol Records e alcançou o primeiro lugar na Billboard Hot 100 Number One Single, permanecendo no posto por três semanas.

Com o sucesso, o cantor pôde se apresentar em vários países, e várias versões continuam sendo gravadas no mundo inteiro. Até hoje, Sukiyaki foi a única música japonesa a liderar o ranking da Billboard americana.

Em 1968, Kyu Sakamoto e Hachidai Nakamura participaram do 3º Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro. Naquele ano, a música “Sabiá”, de Tom Jobim e Chico Buarque, foi a vitoriosa, na voz de Cynara e Cybele, mas foi um festival tumultuado, feito em várias etapas, com protestos e vaias, em plena época da censura militar. As músicas de protesto ao regime fizeram sucesso, como foi o caso de “Pra não dizer que não falei das flores”, que Geraldo Vandré lançou naquele evento, e o japonês campeão de vendas nem foi notado. Ele não cantou “Sukiyaki”.

Kyu Sakamoto faleceu em agosto de 1985, na queda do Boeing 747 Jumbo, da JAL, quando ia de Tóquio a Osaka.