maio 212013
 

machikado keikiKanon Mori tem 23 anos e é a mais velha do grupo. HInako Kuroki tem apenas 16. Yuki Sakura (20) e Jun Amaki (17) completam a banda Machikado Keiki Japan. O estranho nome do grupo pode ser traduzido como “Condições Econômicas nas Ruas do Japão”, e a estratégia de marketing do grupo é no mínimo curiosa.
As garotas ficam de olho no índice Nikkei da bolsa de valores, e decidem a roupa que usarão no show de acordo com esse dado econômico. Por exemplo, quando esse índice fica abaixo de 10.000 pontos, elas vão para o palco com saias bem longas. E quanto mais o índice sobe, as saias ficam mais curtas. No dia da entrevista concedida para o The Japan Times, o índice Nikkei apontava 13.000 pontos, e elas apareceram usando apenas shorts de renda. Não é de estranhar que 95% dos fãs do grupo sejam homens.
O boom da minissaia na década de 60 coincidiu com o forte crescimento econômico do Japão, e também a era disco da década de 80 tem a ver com as saias bem curtas nas casas noturnas da época, explicam as integrantes do Machikado, embora nenhuma delas tenha presenciado esses fatos.
A música de estréia do grupo é “Abeno Mix”, que fala da política econômica do Primeiro Ministro Shinzo Abe que assumiu em dezembro, da inflação, da alta do iene… Veja o vídeo:

Fonte: The Japan Times

maio 162013
 
Takarazuka apresenta A Rosa de Versalhes

Takarazuka apresenta A Rosa de Versalhes

O teatro musical que se caracteriza por ter o exclusivamente feminino, está agora de olho nas prósperas nações asiáticas vizinhas para ampliar sua base de fãs. Em abril, a trupe fará shows em Taiwan (Formosa) – a primeira montagem na qual o grupo realizará tudo por si, da venda de ingressos à locação do teatro.
A empresa organizadora do Teatro Takarazuka, sediada na província de Hyogo no Japão, acredita que a iniciativa de divulgar e aumentar o público no exterior poderá atrair mais turistas estrangeiros para os teatros da companhia no Japão.
O teatro, criado em 1913 pelo fundador da Companhia Ferroviária Hankyu, Ichizo Kobayashi, começou como um coral cujo propósito era atrair mais turistas para as termas da cidade de Takarazuka em Hyogo, o ponto final da linha principal da ferrovia. A companhia teatral, agora uma afiliada da Hankyu Hanshin Holdings Inc., é composta inteiramente por jovens solteiras que passaram pelos difíceis exames de admissão da Escola de Música de Takarazuka e por dois anos de rigoroso ensino e treinamento de dança e canto. A trupe é conhecida por musicais românticos como “A Rosa de Versalhes”, que se passa durante a Revolução Francesa.
Essa trupe – uma amada instituição da região de Kansai cuja importância se rivaliza com a dos Hanshin Tigers, time de beisebol profissional local também ligado às empresas Hankyu Hanshin – também lançou algumas atrizes extremamente populares no Japão, como Yuki Amami.
No ano fiscal de 2011 (apurado em 31/03/2012) os dois teatros da companhia – o Takarazuka Grand em Takarazuka e o Tokyo Takarazuka – atraíram um público de 1 milhão e 880 mil espectadores. A arreacadação total, incluindo das apresentações fora dos teatros-sede, somaram 25.7 bilhões de ienes.
Mesmo assim, o crescimento do público se estagnou nos últimos anos. No exterior, Takarazuka realizou seu primeiro show na Europa em 1938 e já fez 24 apresentações em 17 países, quase sempre a pedido de governos estrangeiros. Tais eventos foram organizados por instituições governamentais e empresas de entretenimento locais que cuidaram de toda a logística das apresentações, da divulgação e da venda de ingressos.
O Takarazuka, que em 2014 comemorará os 100 anos de sua primeira apresentação, fará o show em Taiwan em parte atendendo a um convite, mas a empresa organizadora da trupe está cuidando diretamente do marketing e encontrou patrocinadores locais e espera expandir negócios em Formosa num futuro próximo.
Fonte: Japan Times, 21/03/2013. Saiba tudo sobre o Teatro Takarazuka no nosso link.

abr 192013
 

Uma página do mangá de Kosin Jeenseekong, da Tailândia, vencedor de 2012

O Concurso Internacional de Mangá foi criado pelo governo japonês em 2007 e já está na sétima edição. O Prêmio Ouro do 7º Concurso Internacional de Mangá será entregue ao melhor mangá dentre todos os inscritos e 03 (três) outros trabalhos que se destacarem receberão o Prêmio Prata. Os premiados serão convidados a viajarem ao Japão para participar da cerimônia de premiação e terão a oportunidade de se encontrar com artistas de mangá japoneses e visitarão editoras do segmento no Japão.

O prazo para inscrição termina dia 31 de maio, e o concurso manga – Regulamento está aqui, e o concurso manga formulario_7th em inglês e japonês aqui. Veja os vencedores anteriores ( 1º ao 6º Concurso ) www.manga-award.jp

mar 282013
 

Elas são cinco meninas de 12 a 14 anos que nasceram no Japão. Em comum está o fato de serem filhas de brasileiros e que cresceram na província de Gunma, uma região onde residem muitos brasileiros.

A banda recebeu o nome de Linda Sansei (リンダⅢ世), e até o momento, as apresentações têm sido regionais e elas gravaram um clipe que vale a pena ser visto:

Esse vídeo já foi visto por mais de 66 mil pessoas em apenas uma semana, e a música Mirai Seiki eZzoo já está na programação da MTV japonesa. Trata-se de J-Pop, mas há quem chame de B-Pop.

Há poucas informações sobre Linda Sansei, mas esperamos conseguir uma entrevista exclusiva, e vamos torcer para que façam muito sucesso.

mar 192013
 

Radicado no Japão desde 2005, Roberto Maxwell levou sua câmera atenta para as regiões afetadas pelo tsunami um ano depois da tragédia que dizimou mais de 16000 vidas e deixou prejuízos na casa dos bilhões de dólares.
Foram diversas viagens que geraram material fotográfico e três documentários em vídeo, além de diversos outros registros. A partir do material coletado, o autor fez uma análise do processo de reconstrução do principal bem de uma sociedade: os laços comunitários.

Kome de Roberto Maxwell

Roberto Maxwell chegou ao Japão como professor, através de intercâmbio, na Universidade de Shizuoka. Durante o programa, estudou a comunidade brasileira de Yaizu, em Shizuoka, e passou a escrever sobre os imigrantes no Japão. Foi produtor da TV Record e da TV Globo no Japão, e fez parte da equipe da TV NHK World. Ele fotografou, filmou e escreveu sobre as regiões afetadas pelo tsunami e a reconstrução do Japão após a tragédia. O resultado é o livro digital que recebeu o título de “Kome”. ‘Kome’ quer dizer “arroz” em japonês. Além de ser a base da alimentação de diversas sociedades asiáticas, o arroz exerce um forte poder aglutinador entre os povos que o consomem. “Depois da grande tragédia de 11 de março de 2011, me interessei em entender como os sobreviventes estavam se reorganizando em comunidades”, explica o autor em seu site, onde apresenta alguns de seus documentários. No video abaixo, o artista brasileiro Titi Freak foi até Ishinomaki, uma das cidades japonesas mais atingidas pelo tsunami de 2011, para produzir murais nas residências temporárias e interagiu com os moradores.

O livro de Roberto Maxwell, Kome, que tem 70 páginas, pode ser baixado gratuitamente pelo itunes neste link, para ser lido num iBook ou iPad.