mar 212018
 

By si.robi – Osaka US16 (17), CC 表示-継承 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=52043942

A imprensa japonesa em geral não deu muito destaque, mas foi surpreendente a vitória da Naomi Osaka sobre a russa Daria Kasatkina, a 20ª do mundo, na final do BNP Paribas Indian Wells, na Califórnia. Foi uma vitória fácil, que terminou com a contagem de 6-3 e 6-2. Para chegar à final, a representante do Japão venceu outras jogadoras de peso, como a Maria Sharapova e Karolina Pliskova, ambas ex-número 1, e venceu a romena Simona Halep, atual número 1 do ranking mundial.

De pai haitiano e mãe japonesa, Naomi nasceu na cidade de Osaka. Coincidentemente, Osaka é também o sobrenome da sua mãe, cujo pai preside uma cooperativa de pesca na cidade de Nemuro, em Hokkaido. Aos três anos, sua família se mudou para Nova Iorque, e depois para a Florida, onde reside até hoje. Seu pai, que não joga tênis, incentivou a prática desse esporte às suas filhas, Mari, que atualmente tem 21 anos, e Naomi, que tem 20 anos. As duas irmãs possuem dupla nacionalidade, mas ela optou pela japonesa ao se registrar na Associação Japonesa de Tênis.

Em 2013, Naomi foi aceita como tenista profissional e em 2015 já figurava como 144ª do ranking mundial. Em outubro de 2016, foi vice-campeã do WTA Toray Pan Pacific Open, onde foi eleita como a melhor dentre as novas tenistas, e saltou para a 48ª posição no ranking. Somando a vitória obtida no Indian Wells, em 19 de março de 2018, já figura como a 22ª melhor do mundo.

Com seus 1,80 m de altura e um saque que chega a 201,1 quilômetros por hora, possui uma força que dificilmente uma outra jogadora japonesa conseguirá alcançar. Daí a importância da miscigenação.

A última conquista na Califórnia rendeu para Naomi Osaka um prêmio de 1,34 milhões de dólares, mas ela é jovem e deverá alcançar destaque ainda maior nos próximos campeonatos. No seu discurso de vencedora, ao final do Indian Wells, Naomi surpreendeu o público ao não fazer o discurso padrão das japonesas, que sempre se preocupam em falar somente o necessário e com cuidadosa escolha de palavras. Ela falou, em inglês (porque está ainda estudando japonês), de forma improvisada e agradeceu todo o mundo, inclusive a adversária e o técnico dela, e lembrou de elogiar até das meninas que catam bolas. Foi muito aplaudida.

Vamos torcer para que Naomi Osaka tenha um futuro brilhante como tenista!

mar 202018
 

Verificando que há muitas pessoas interessadas na história e na cultura japonesa, a Century Travel, uma operadora especializada em viagens turísticas ao Japão, resolveu criar uma nova excursão focada principalmente nesse tema.

“O diferencial dessa nova excursão é que o professor Francisco N. Sato, que ensina História do Japão, irá acompanhar o grupo. Além dos guias que normalmente acompanham os nossos grupos, haverá esse especialista para acompanhar e explicar em português durante toda viagem, sobre os costumes, a cultura e história dos locais visitados, assim, o aproveitamento de todos será muito maior”, explica o Diretor Comercial da Century Travel, Marcel Iyeiri.

Rua de comércio tradicional do Santuário de Ise, um dos locais programados para visita.

Os locais visitados são os mais relevantes para a história do Japão, e com certeza, participando da excursão se aprenderá muito mais do que em quatro anos de uma faculdade de história. Além desse diferencial, o objetivo da excursão é proporcionar intercâmbio com os japoneses sempre que possível e assim está prevista uma visita a uma escola fundamental, para entender um pouco da educação no Japão. Saída programada para 27 de outubro de 2018.

Consulte seu agente de viagens, ou fale com a Century Travel Tour Operator: Rua Vergueiro, 981 – conjunto 11 (metrô Vergueiro), São Paulo. Tel. 11 3207-2644. marcel@centurytravel.com.br – Todos os detalhes e custos estão no link: http://centurytravel.com.br/excursoes/japao-historico/

Para aprender História do Japão em aula com o professor Francisco N. Sato: http://www.abrademi.com/index.php/historia-do-japao/

 

mar 132018
 

A Fundação Japão promove, a partir de 13 de março, a exposição Hina Ningyo: purificação, proteção e arte. Realizada em sua biblioteca, a mostra ficará aberta ao público até o dia 28 de abril, com entrada gratuita.

No mês de março, além de comemorarmos o Dia Internacional da Mulher, também no Japão é comemorado o Hinamatsuri, ou Dia das Meninas, celebrado sempre no dia 3. Para comemorar a data, serão expostos diversos modelos de hina ningyo, bonecas feitas a partir de origami, washi-e e oshi-e, além das tradicionais, de porcelana. 

Hinamatsuri 

Acredita-se que o Hinamatsuri tem origem em um antigo ritual chinês, introduzido no Japão durante o período Heian (794-1185), e desde o período Edo (1603-1868), é celebrado oficialmente no dia 3 de março como o Hinamatsuri (Festival das Bonecas ou Dia das Meninas), data em que são ofertadas orações por uma vida feliz e saudável para as meninas da família. 

No início, num ritual de purificação, as pessoas costumavam esfregar em seus corpos o hitogata, figuras humanas estilizadas, geralmente feitas de papel, para as quais se acreditava que eram transferidos seus pecados e impurezas. Essas figuras eram depois colocadas num rio, para que flutuassem em direção ao mar. Acredita-se que o hitogata deu origem aos hina ningyos, e o ritual de purificação continua vivo nos dias de hoje, celebrados em diversas regiões do Japão. 

Mais tarde, as celebrações incorporaram a exposição do dairibina, casal imperial, e alguns poucos acessórios. Pouco a pouco, passaram a ser produzidas bonecas e acessórios decorativos cada vez mais sofisticados e diversificados, incluindo ningyos serviçais, comidas típicas e diferentes acessórios decorativos. A exposição ocorria em grandes altares, com vários degraus, chamados hinadan

Hoje, o Hinamatsuri é uma celebração colorida e esteticamente bem elaborada, geralmente composta de modelos mais compactos. Os altares suntuosos são geralmente vistos em museus, templos ou nas escolas. Um aspecto, no entanto, segue vivo até hoje: o desejo de assegurar às meninas saúde e felicidade. 

A cultura dos ningyos 

No Japão, desde a antiguidade, os ningyos fazem parte da vida cotidiana. Eles representam não apenas um item de entretenimento e decoração, mas principalmente um artefato encantado, de veneração. Embora os ningyos tenham constantemente mudado sua forma ao longo das eras, o amor dos japoneses por eles continua intacto. 

Os ningyos não são somente importantes como verdadeiras formas de arte, mas, sobretudo, como uma inestimável fonte de informação sobre costumes e tradições japonesas. Eles refletem as aspirações do povo japonês; ilustram eventos históricos e folclóricos, práticas e crenças; possuem distintos e variados atributos regionais; e representam tanto a vida cotidiana da nobreza como da população.

Hina Ningyo: purificação, proteção e arte

Data: de 13 de março a 28 de abril de 2018

Local: Biblioteca da Fundação Japão São Paulo – Horário para visitação: de terça à sexta, das 10h30 às 19h30, e sábados, das 9h às 17h

Classificação: livre – Entrada franca – Endereço: Av. Paulista, 52 – 3º andar – Bela Vista, São Paulo – (11) 3141-0110 biblioteca@fjsp.org.br