dez 282017
 

O escritor Yusaku Furuya, de 40 anos, teve uma ideia estranha ao usar o tema “unko”, que significa literalmente “merda”, para uma coleção de cadernos de atividades para se aprender o kanji, ideograma japonês. A coleção tem 6 volumes, uma para cada ano do ensino fundamental. As crianças japonesas, ao longo dos seis anos do fundamental precisam aprender o total de 1006 kanjis, o que não é nada fácil.

Assim, Furuya criou um desenho simples de uma “bosta” com bigode, que seria o professor. Como as crianças nessa idade acham graça só de falar a palavra, Furuya caprichou na dose e escreveu a palavra 3.018 vezes dentro dos textos dos cadernos. O texto é bastante criativo, ao colocar sempre o excremento como um ser ou objeto. Por exemplo: a camiseta com a estampa do “unko” é sucesso de vendas. Fui ao museu ver o “unko” do elefante de Naumann.

Os cadernos foram lançados em março de 2017 e, no final do ano, a publicação havia alcançado 2,8 milhões de exemplares vendidos, o que representa 40% de todos os cadernos de atividades de kanji vendidos no Japão para o ensino fundamental. A editora Bunkyosha está contabilizando os lucros dessa ousada iniciativa. Isso prova que uma ideia inovadora, que conta com o respaldo de uma empresa que aposta na ousadia, pode-se tornar um grande sucesso comercial em pouquíssimo tempo.

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  2 Responses to “O livro de atividades da “Merda” é campeão de vendas no Japão”

  1. Com nosso legislativo muito conservador, uma proposta dessa nunca passaria nas nossas escola. Não se pode falar de gênero, ou discutir outras religiões além da cristã, veja só. Talvez eu esteja exagerando, mas os conservadores são muito limitados…

    • Verdade a representação dos professores como merdas são ideais para nós no Brasil principalmente os professores bolcheviques e progressistas que ao invés do ensino preferem doutrinar crianças com a ideologia genocida dos comunas e sexualização de crianças e adolescentes…mas por culpa dos professores conservadores japoneses a educação lidera o ranking de educação no PISA e o Brasil nas última posições…

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