jun 192015
 

Com o último show no dia 20 de Junho, sábado, no 4º Festival do Japão de Brasília, o grupo “Yui” se despede do Brasil. O trio veio a convite da Fundação Japão, como um dos shows comemorativos do 120º aniversário do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre o Brasil e 0 Japão.

Tocando instrumentos tradicionais do Japão, Chie Hanawa (Tsugaru Shamisen), Ko Kakinokihara (Koto) e Yoshimi Tsujimoto (Shakuhachi) deram um belo show e incluiram na programação a explicação dos instrumentos e o som de cada um, sabendo que tais equipamentos são raros no Ocidente. Assim, o som típico do Japão pôde ser conhecido, assim como as tradicionais músicas, como “Tsugaru Jonkara Bushi”, “Sakura Sakura”, “Hanagasa Ondo”, “Tokyo Ondo” e “Soran Bushi”. O repertório incluiu uma música composta por Chie Hanawa, “Experience” onde o shamisen se transforma numa guitarra. A música fez parte do comercial do Sony Xperia. A surpresa foram as duas músicas brasileiras no repertório: “Brasileirinho” e “Tico-tico no Fubá”, que foram muito bem executadas. O show contou com a participação especial do brasileiro Shen Kyomei, com shakuhachi,  na música “Koujou no Tsuki”, composta por Rentaro Taki em 1901. Todos os quatro se formaram na mesma Tokyo University of the Arts. Em São Paulo, na apresentação feita na Sala Adoniram Barbosa do Centro Cultural São Paulo, faltou lugar para todos os interessados e o grupo foi aplaudido em pé.

Ao final da apresentação, o trio ainda teve fôlego para enfrentar os jornalistas.  Algumas perguntas feitas na ocasião:

Como surgiu a oportunidade de montar o trio “Yui”?

Chie Hanawa: Nós três estudamos na mesma universidade, e são poucos os que se destacam tocando instrumentos tradicionais. Assim nos conhecíamos e, mantendo os nossos afazeres com outros grupos e como artistas solo, resolvemos formar o “Yui”.

Soube que começaram muito cedo. O que as levou a se interessarem por esses instrumentos?

Chie Hanawa: O meu avô tocava “shamisen” por hobby e eu disse que queria aprender. Ele tocava um outro tipo de “shamisen” e aconselhou-me a aprender o “tsugaru shamisen”, que seria mais adequado para jovens. Eu comecei com 9 anos de idade.

Ko Kakinokihara: Eu comecei com 5 anos de idade. Na minha família ninguém tocava “koto”, mas eu assisti a um “taiga dorama” (novela de época) da TV NHK e uma personagem tocava “koto”. Me interessei e disse que queria aprender, e não parei mais.

Yoshimi Tsujimoto: Eu comecei a tocar “shakuhachi” muito mais tarde, aos 16 anos. Resolvi aprender a tocá-lo.

O que viram no Brasil até agora?

Chie: Foi impressionante conhecer a Amazônia. Fizemos um passeio de barco pelo Rio Amazonas e não fazia idéia de que o rio fosse tão grande.

Yoshimi: Vimos a pesca de piranhas!

Ko: No meu caso, eu tinha um objetivo bem particular nesta primeira viagem ao Brasil. É que a minha avó materna é brasileira. Filha de imigrantes japoneses, ela nasceu no Brasil, gostava muito e falava bem do Brasil. Não sei exatamente quando a família veio para o Brasil, mas a minha avó tinha 20 anos quando retornou ao Japão, pegando o último navio para o Japão antes da Segunda Guerra Mundial. Ela disse que foi uma viagem longa e complicada, pois não pôde seguir a rota normal por causa do conflito. Eu trouxe algumas lembranças da minha avó na viagem. Uma delas é uma foto onde ela aparece com a família na frente do Monumento de D. Pedro, no Museu do Ipiranga. Fomos lá, e com a ajuda do grupo e de outras pessoas, conseguimos tirar uma foto muito parecida. Foi um acontecimento emocionante.

Quando treinaram as duas músicas brasileiras no estilo Chorinho?

Todas: Nós ouvimos as músicas pela primeira vez em janeiro deste ano, e treinamos juntas apenas em maio. Essas músicas são difíceis, o compasso é outro, muito rápido e tudo é diferente, mas deu certo.

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fev 212015
 
Com objetos trazidos especialmente do Japão, o evento integra as comemorações dos ‘120 Anos de Amizade Japão-Brasil’
Cerâmica Yokkaichi Banko da província de Mie

Cerâmica Yokkaichi Banko da província de Mie

A Fundação Japão promove, de 21 de fevereiro a 22 de março, a exposição itinerante Artesanato do Japão – Tradições e Técnicas. Em cartaz na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Bunkyo, a exposição traz um recorte do artesanato do Japão, sob o olhar das tradições e técnicas adotadas por reconhecidos artesãos, compartilhando a habilidade e criatividade de seus trabalhos.

Segundo Kazuko Todate, curadora do Museu de Arte em Cerâmica de Ibaraki, no Japão, estarão expostos utensílios criados ao longo dos anos na vida cotidiana, em cerâmica, tingimento de tecidos, metais, marchetaria, laqueados, bambu e madeira, papel, entre outros, sempre trabalhados com técnicas adequadas, de acordo com a natureza de cada material, criando objetos práticos e com seu toque de beleza.

Técnica tradicional de papel

Técnica tradicional de papel

“Os materiais tradicionais e característicos de cada região foram transformados em utensílios práticos e artigos altamente criativos, com a esmerada técnica e talento dos artesãos, que desenvolveram a produção e a criação de obra de arte, contribuindo para aumentar o estrato do setor artístico e qualitativamente como um todo.”

As tradicionais artes que fazem parte da mostra incluem artesanato de técnicas tradicionais e materiais típicos de várias regiões do Japão, que pouco a pouco foram substituídas por modernas máquinas e produção em grande escala. A transição, explica a curadora, começou durante a era Meiji (1868 – 1912), quando o Japão ingressou na fase de industrialização.

Yosegi Zaiku, marchetaria tradicional de Hakone

Yosegi Zaiku, marchetaria tradicional de Hakone

Workshop de Marchetaria

Uma atividade paralela à exposição acontecerá nos dias 7, 14 e 21 de março, comandada por Danilo Blanco, artista visual e designer de superfície, que tem reconhecimento pelos trabalhos de marchetaria que vem desenvolvendo desde os anos 90. Nestes dias, o público está convidado a participar de workshops de marchetaria, que é a arte de combinar diferentes tipos de madeira. Os workshops acontecerão das 15h às 17h, no espaço anexo do 9º andar, com participação gratuita. São 14 vagas por turma. A distribuição de senhas para participação será feita no mesmo dia da atividade, a partir das 14h30, no 9º andar.

Exposição Artesanato do Japão – Horário de funcionamento: De 21 de fevereiro a 22 de março de 2015, de terça à domingo, das 13h30 às 17h30

Local: Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Bunkyo
Rua São Joaquim, 381 – 9º andar (próximo ao Metrô São Joaquim) Tel: (11) 3208-1755

Entrada gratuita –  Informações: Fundação Japão em São Paulo = Tel: (11) 3141-0110

jan 192015
 
setsubun_mamemaki_siteVenha conhecer como os japoneses afastam o diabo de suas casas e iniciam um novo ciclo de vida nesta época do ano.

A Fundação Japão em São Paulo promove, no dia 24 de janeiro, a partir das 13h, a Marugoto Oficina Cultural. O tema do evento nesta edição será o Setsubun.

O tema está ligado à época do ano, que no Japão separa o inverno da primavera. Assim, Setsubun significa, literalmente, “separar uma estação da outra”, representando um novo ciclo de vida. Neste período, dizem que surgem os Oni (ogros) para causarem mal às pessoas.

Estes rituais e histórias sobre o surgimento do Setsubun, tanto em japonês como em português, serão revelados na oficina. Também serão realizadas brincadeiras e origami envolvendo o tema, bem como curiosidades sobre o mamemaki, uma das tradições neste dia, criada para afujentar o Oni.

A duração da oficina é de cerca de 1h30, com participação gratuita a partir de 14 anos de idade. Interessados devem realizar inscrição antecipada, pois as vagas são limitadas (20 participantes).

Serviço: Marugoto Oficina Cultural – SETSUBUN

Data: 24 de janeiro de 2015, sábado – Horário: a partir das 13h

Local: Fundação Japão em São Paulo, Avenida Paulista, 37 – 2º andar
Próximo a estação Brigadeiro do metrô – Vagas limitadas (máximo de 20 participantes)

Informações e inscrições até 22 de janeiro de 2015. Tel.: (11) 3141-0110
E-mail: info@fjsp.org.br (Para inscrição, enviar no e-mail o nome completo, telefone para contato e indicar o evento “Marugoto Oficina Cultural”)

nov 232014
 
BRUNA EMI OKAI de 10 anos, a grande vencedora

BRUNA EMI OKAI de 10 anos, a grande vencedora

Desde 2000, a Fundação Japão em São Paulo realiza o Concurso de Desenhos com a participação de alunos que estudam japonês em escolas de ensino fundamental e médio e os 12 melhores desenhos são escolhidos para ilustrarem o calendário de nossa instituição para o ano seguinte. Este ano, o tema para os desenhos foi “Brincadeiras das crianças japonesas”.

Natasha Brígida S. Souza, 17 anos

Natasha Brígida S. Souza, 17 anos

Ana Gabriela B. Kozuki, 14 anos

Ana Gabriela B. Kozuki, 14 anos

Foram enviados 564 desenhos de alunos de escolas do estado de São Paulo, Paraná, Amazonas, Pará, Distrito Federal, Pernambuco e Rio Grande do Sul, com idade entre 6 e 18 anos.

BRUNA EMI OKAI de 10 anos, da OEN – Organização Educacional Nippaku, de São Paulo, foi a vencedora de 2014.

Ana Nagamatsu Ragucci, 8 anos

Ana Nagamatsu Ragucci, 8 anos

Faça uma visita à biblioteca da Fundação Japão e ganhe um calendário!

Fundação Japão em São Paulo – Profª. Sandra Terumi Takahashi Suenaga
Av. Paulista,  37 – 2º andar – Paraíso     CEP: 01311-902      São Paulo – SP
Tels: (11) 3141-0110/3141-0843 – E-mail: sandra@fjsp.org.br
fev 252014
 

origami_site_origami

A Fundação Japão em São Paulo promove, em março, uma série de atividades relacionadas ao Origami, uma tradicional forma de interpretar, por meio de dobras no papel, elementos existentes em nosso meio, tais como flores, animais ou objetos. Especialmente para os eventos, virá ao Brasil o professor Yoshihiro Umemoto, membro da Nippon Origami Association – NOA e representante da região de Osaka da Associação.
As atividades incluem, em 19 de março, duas oficinas abertas ao público. A Oficina I – Kusudama (bolas decorativas) acontece das 10h30 às 12h. Depois, das 14h30 às 16h, acontece a Oficina II – acessórios (anéis, pulseiras, etc). A participação é gratuita e aberta a maiores de 12 anos. Também serão realizadas oficinas em uma escola, restrita aos alunos e professores; e outra no Hospital do GRAACC, da qual participarão funcionários e pacientes.
Nestes encontros, o professor Umemoto ensinará algumas técnicas e permitirá aos participantes praticá-las, produzindo lindas dobraduras. Também serão abordados os aspectos terapêuticos do Origami, por meio de suas experiências pessoais ao longo de seus mais de 30 anos na área.

origami kusudama_flyer_leveOrigami e qualidade de vida
Há relatos de positivos resultados no trabalho com pessoas portadoras de necessidades especiais e até mesmo com estudantes que por motivos diversos acabaram se afastando da vida escolar. O Origami, explica o professor, melhora a coordenação motora e minimiza os efeitos negativos de outros problemas que podem afastar os jovens da escola, fazendo com que retornem para as aulas.
“O Origami é uma cultura transmitida desde os tempos antigos no Japão, largamente divulgado pelo mundo como um idioma comum”, avalia Yoshihiro Umemoto. Para ele, cuja especialidade são os acessórios e as peças modulares e para brincar, um dos prazeres do Origami é não haver limite de tempo, espaço, idade, sexo ou nacionalidade para a sua prática.
“Os resultados são eficazes tanto na educação, na reabilitação ou como passatempo, oferecendo variadas possibilidades, em qualquer lugar e em qualquer momento.”
Para Mari Kanegae, professora de Origami na Aliança Cultural Brasil-Japão, a arte tem conquistado cada vez mais admiradores, desde crianças até adultos.
“A transformação de um simples pedaço de papel em formas da natureza, orgânicas ou geométricas, aguçam os nossos sentidos e trazem inúmeras possibilidades, desde um passatempo que une diferentes gerações, até o desenvolvimento da coordenação motora fina, da atenção, da concentração, do raciocínio e da criatividade.”
Segundo a professora, o Origami também tem demonstrado eficácia como instrumento para melhorar a qualidade de vida das pessoas, principalmente daquelas que necessitam de cuidados especiais.
“As oficinas de Origami proporcionam a pacientes, familiares e também aos profissionais envolvidos em tratamentos de saúde momentos de relaxamento e comunhão, amenizando a tensão ocasionada pela doença.”
Natural do Japão, Umemoto é professor de escola fundamental desde 1973, ano em que se graduou na Tsury University, na Província de Yamanashi, Japão. Desde 1982, é membro da Nippon Origami Association, e em 1994 obteve a certificação para atuar como professor de Origami, concedido pela mesma Associação. No ano de 1999, apresentou inovadores projetos como o “A I U E O hyo”, e “Furusato Mirai 21” no 26º Simpósio de Origami. Em 2000, realizou uma exposição tátil de Origami na Escola para Deficientes Visuais da Cidade de Osaka. No ano seguinte, lançou o primeiro DVD de origami no mundo. Em 2005, assumiu o cargo de diretor da região de Osaka da Nippon Origami Association. E desde 2007 tem participado em eventos internacionais de origami, como exposições, cursos e oficinas, tendo passado por países como Polônia, Estados Unidos, Inglaterra, Coreia do Sul, etc.
Data: 19 de março de 2014

Horários
Das 10h30 às 12h – Oficina I – Kusudama (bolas decorativas)
Das 14h30 às 16h – Oficina II – Acessórios (anéis, pulseiras, etc)

Local – Associação Cultural e Assistencial Mie Kenjin do Brasil – Av. Lins de Vasconcelos 3352 – Vila Mariana (próximo ao terminal de ônibus). Como as vagas são gratuitas e limitadas, as inscrições devem ser feitas com antecedência pelo e-mail: info@fjsp.org.br (para maiores de 12 anos)