mar 302013
 

A Fundação Japão promoveu uma palestra e desfile da estilista Sueko Oshimoto, no dia 7 de março de 2013, no auditório do MASP em São Paulo. O público, formado principalmente por estudantes de moda, lotou o espaço. Em sua palestra, a estilista falou sobre o quimono tradicional e o moderno, e explicou as partes que compõem essa vestimenta.
Sueko Oshimoto nasceu em Okinawa, no Japão, e desde 1999, mora em Los Angeles, Estados Unidos. Ela teve a sua formação no Japão, e desde 2005, é diretora executiva da Yamano-ryu Kimono Dressing School, ensinando a arte do quimono em Los Angeles e Las Vegas. É estilista de revistas como Vogue, e também criou modelos para artistas para a entrega do prêmio Grammy. Criou modelos para diversos filmes, para Miss Asia EUA, e para o ator George Takei. Sua empresa recebeu o nome de Kimono Suehiro, e no dia 24 de março, lançou o livro fotográfico digital “Visions of Kimono”, que está à venda na Amazon.com.
Aqui está uma entrevista da Sueko Oshimoto para a TV Nikkey, em duas partes.

mar 282013
 

Elas são cinco meninas de 12 a 14 anos que nasceram no Japão. Em comum está o fato de serem filhas de brasileiros e que cresceram na província de Gunma, uma região onde residem muitos brasileiros.

A banda recebeu o nome de Linda Sansei (リンダⅢ世), e até o momento, as apresentações têm sido regionais e elas gravaram um clipe que vale a pena ser visto:

Esse vídeo já foi visto por mais de 66 mil pessoas em apenas uma semana, e a música Mirai Seiki eZzoo já está na programação da MTV japonesa. Trata-se de J-Pop, mas há quem chame de B-Pop.

Há poucas informações sobre Linda Sansei, mas esperamos conseguir uma entrevista exclusiva, e vamos torcer para que façam muito sucesso.

mar 272013
 

Treze milhões de cópias vendidas. “Ue o muite arukou” ou “Sukiyaki” tornou o cantor Kyu Sakamoto no japonês mais conhecido do mundo, em 1963.

Ouça a música original gravada por Kyu Sakamoto:

Aqui a versão da mesma música gravada em português pelo grupo carioca Trio Esperança:

Nascido em 1941, na província de Kanagawa, a infância de Sakamoto nao foi muito fácil. Era o período do pós-guerra, seu pai enfrentava dificuldades financeiras e bebia, e seus pais acabaram se separando quando ele tinha 14 anos. Tinham ao todo nove filhos, e os filhos menores, como o jovem Kyu, ficaram com a mãe, adotando o sobrenome dela. Assim, o nome real do cantor era Hiroshi Oshima (大島 九). O nome “Hiroshi” utilizava o kanji que mais comumente se lê como “kyu”, ou nove, como referência de ser o nono filho. Assim, o nome artístico ficou Kyu Sakamoto, usando o sobrenome do pai.

Kyu tocava trumpete na banda da escola, e aos 16 anos já era vocalista do grupo “The Drifters”, mas logo se desentendeu com os integrantes, passando a fazer parte do “Danny Iida and Paradise King”, que conseguiu gravar o primeiro disco em 1959, com Kyu no vocal, e alcançou um grande sucesso. Kyu foi convidado a gravar sozinho e estreou com a música “Ue o muite arukou”. Sucesso imediato. A sorte maior veio quando o inglês Louis Benjamin, proprietário da Pye Records, ouviu a música em sua visita ao Japão, em 1963. Depois de constatar a dificuldade que os britânicos teriam para pronunciar o nome da música, resolveu alterá-la para “Sukiyaki”, simplesmente porque era fácil de falar e era japonês. Primeiro, ele lançou a versão instrumental da música, que foi gravada por Kenny Ball and his Jazzmen. Depois do sucesso dessa versão, foi a vez de lançá-la na voz de Kyu Sakamoto, que alcançou o sexto lugar nas paradas inglesas. A música foi lançada nos EUA, no mesmo ano, pela Capitol Records e alcançou o primeiro lugar na Billboard Hot 100 Number One Single, permanecendo no posto por três semanas.

Com o sucesso, o cantor pôde se apresentar em vários países, e várias versões continuam sendo gravadas no mundo inteiro. Até hoje, Sukiyaki foi a única música japonesa a liderar o ranking da Billboard americana.

Em 1968, Kyu Sakamoto e Hachidai Nakamura participaram do 3º Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro. Naquele ano, a música “Sabiá”, de Tom Jobim e Chico Buarque, foi a vitoriosa, na voz de Cynara e Cybele, mas foi um festival tumultuado, feito em várias etapas, com protestos e vaias, em plena época da censura militar. As músicas de protesto ao regime fizeram sucesso, como foi o caso de “Pra não dizer que não falei das flores”, que Geraldo Vandré lançou naquele evento, e o japonês campeão de vendas nem foi notado. Ele não cantou “Sukiyaki”.

Kyu Sakamoto faleceu em agosto de 1985, na queda do Boeing 747 Jumbo, da JAL, quando ia de Tóquio a Osaka.

mar 222013
 

Ekiben: Hakata Jidori Meshi de Fukuoka

Grand Central Terminal

Entre os dias 4 e 18 de março de 2013, os restaurantes japoneses de Manhattan, Nova York, se uniram para servir a culinária regional do Japão, no evento que recebeu o nome de Japan Restaurant Week. Ao todo, 35 restaurantes aderiram à promoção.
Esse evento gastronômico teve sequência nos dias 19, 20 e 21 de março, quando nove restaurantes serviram o “ekiben” na famosa estação ferroviária de Manhattan, o Grand Central Terminal. “Ekiben” é a refeição vendida em estações ferroviárias do Japão para ser degustada dentro dos vagões. Embora possa ser comparada com fast-food quanto à sua praticidade, é servida quente e possui boa qualidade, valorizando os ingredientes e os temperos regionais. No evento americano foram servidos o bife de Kobe, a enguia grelhada de Hiroshima, e muitos outros.
O objetivo dos restaurantes foi mostrar que existe uma grande variedade de pratos regionais e que podem ser degustados em Nova York.
O evento selou o acordo de “estações-irmãs” entre Grand Central Terminal e a Estação de Tóquio, sendo que a primeira está comemorando 100 anos este ano, e a irmã japonesa festejará seu centenário no ano que vem. Ambas são gigantes, mas enquanto a Grand Central atende a 130 mil passageiros por dia, a de Tóquio opera para 380 mil por dia.

mar 212013
 

Estandarte da Shindo Renmei

Veja a utilização do estandarte nesta foto de 1946

Yasuo Yamamura entrou em contato com o Projeto ABRANGÊNCIAS após assistir o documentário “Yami no Ichinichi – O Crime que abalou a Colônia Japonesa no Brasil“.
Ele resgatou nos pertences de seu pai Tamotsu Yamamura, documentos das atividades da Shindo Renmei na cidade de Valparaíso/SP. Entre os objetos raros, o estandarte da Shindo Renmei, além de fotos e atas das reuniões.

O estandarte foi devidamente enquadrado para ser doado ao Museu da Imigração Japonesa no Brasil. O local da exposição do estandarte será definido no ato da entrega, que será às 14 horas do dia 22 de março de 2013.

O Projeto ABRANGÊNCIAS é uma iniciativa do “Imagens do Japão” que iniciou suas atividades em 1970 com o programa de nome homônimo na televisão brasileira. O objetivo é resgatar a Memória Nipo-Brasileira e nesta primeira fase, recuperar a difícil situação dos japoneses nos anos 40.

O escritório do Museu da Imigração Japonesa no Brasil fica no 3ºandar do prédio da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Bunkyo, Rua São Joaquim, 381 – Liberdade – Tel.: 11 3208-1755 – contato@projetoabrangencias.com.br