mar 262020
 

There are 1.089 confirmed cases of the new Coronavirus and 41 virus’ related deaths in Japan according to data from March 23 of the World Health Organization (WHO). These numbers are small compared to 59.138 cases with 5.476 deaths in Italy, and 31.573 cases with 402 deaths in the United States (WHO’s data in 23/3/2020). Although Japan is one of the first countries hit by the fatal virus, and is the first to ask schools to anticipate vacations, no quarantine was declared in any city and now several schools are already resuming classes. What has this country done differently to have this result?

© Akaitori

Perhaps daily habits of Japanese people helped avoid spreading the virus as fast as in other countries. Never going into the house wearing shoes on is one of those habits. It is customary to take your shoes off also when entering temples, businesses and schools (except in universities).

Little is said about that in mainstream media, but it has been noted in Europe that there are elderly people who never left home since Coronavirus outbreak began and yet they were infected. Their children and caregivers take them clean food and groceries, scrub gel sanitizers on hands before entering their house, disinfect elevator buttons, doorknobs and handrails, in short they do everything right. But they don’t take their shoes off. And that is a big problem.

Photo: Vhines200

There are people who spit, vomit and throw cigarette butts on the floor. Dogs and cats pee and poop on streets, rats and pigeons do the same. Whoever steps on the sidewalk and enters the house is taking inside dirt, bacteria and viruses on shoes. Elderly people may not have contact with the sidewalks, but if they sit on a sofa where pets, children or teens have put their feet on, or put on the sofa a ball or toys picked up from the floor, contamination is possible.

In countries where taking off shoes is not usual experts are trying to create a new antivirus habit. One simple tip is taking off your shoes, leave them at your entrance and have a pair of slippers to use inside the house only, like Japanese do. Another tip is to leave a towel moistened with a solution of water and chlorine bleach inside a cat sand tray and step on that towel before entering the house to disinfect shoes’ soles. Chlorine bleach is more efficient than 70º alcohol for that situation, say the experts.

The habit of taking shoes off

In the past, in the Jomon Era, ancestors of the Japanese people lived in huts, where in its center they dug a circular hole in the ground. The hole measured approximately 40 cm deep, and wooden stakes forming a cone were placed and covered with straw or other kind of dry vegetation. By keeping fire burning in the central hole, the family settled comfortably despite of the cold. When they started to cultivate rice, it was necessary to build garners to storage food for wintertime. These garners were built on an elevated platform to allow ventilation and avoid humidity.

© Andrea Hale

People started to build their houses also on a platform when they started to use wooden floors or straw tatami. Their shoes/sandals, usually filled with dirt, could not be worn inside the house because the tatami is difficult to be cleaned up, so they started to reserve a space at the entrance for taking off and leaving shoes.

Known as genkan, that space can have a closet to store shoes and it is always one or two steps below the level of the rest of the house. The postman or anybody who is going to deliver or remove something from the house stay at the genkan and does not go that step up. That is why entry doors always open outwards in Japan (if doors were opened inwards like in western countries, a dweller could eventually be hurt at the genkan when someone opens the door).

Traditional Japanese architecture: houses are built on a platform above ground level. Photo: Kentaro Ohno

It is believed that the habit of leaving shoes outside is very old, and in drawings from Heian period it is possible to realize that it was not common to invite people to step on the platform of the houses. Being invited to enter a house, which meant to step on the platform, was an honor and bringing dirt into the house was extremely offensive considering the house’s master’s kindness in allowing entry. The Japanese culture of sitting and sleeping on futons placed directly on tatami, partly because of earthquakes, is also coherent with the custom of keeping the floor always clean.

© Masaki Shiina

Contemporary Japanese houses have genkans, even if it is a tiny one and all the rooms in the house are western styled, with hard floors, chairs and beds. And when someone invites you in, they say agattekudasai, which means ‘come up, please’.

Author: Francisco Noriyuki Sato is brazilian journalist

The original portuguese version is here: http://www.culturajaponesa.com.br/index.php/o-habito-de-tirar-sapatos-pode-estar-salvando-vidas-do-covid-19-no-japao/

mar 242020
 

São 1.089 casos confirmados do novo coronavírus e 41 óbitos no Japão, segundo dados de 23 de março da World Health Organization (OMS). Os números são pequenos, se comparados com 59.138 casos na Italia, com 5.476 mortos; e 31.573 casos e 402 mortos nos Estados Unidos (dados da OMS em 23/3/2020). Apesar do Japão ser um dos primeiros a ser atingido pelo vírus fatal, e ser o primeiro a pedir para as escolas anteciparem as férias, não houve quarentena em nenhuma cidade, e agora, algumas escolas já voltaram a funcionar. O que esse país fez de diferente para ter esse resultado?

© Akaitori

Talvez os hábitos da população. Nunca entrar com o sapato para dentro da casa é um desses hábitos. É costume tirar os sapatos também ao entrar nos templos, nas empresas e nas escolas (exceto nas universidades).

Pouco se fala a respeito disso, mas verificou-se na Europa, que há idosos que nunca saíram de casa, entretanto, foram infectados pelo Covid-19. Seus filhos e cuidadores, que levam comida para eles fazem tudo direitinho, passam álcool gel nas mãos, ficam longe do idoso e tomam o cuidado de limparem as maçanetas e os corrimãos da casa. Só não tiram o sapato. E aqui está um problema.

Há pessoas que cospem, vomitam e jogam bituca de cigarro no chão, e cachorros e gatos urinam e fazem fezes na rua. Quem pisa na calçada e entra em casa, está levando essa sujeira e os vírus para dentro. O idoso pode não ter contato com o chão, mas se ele se sentar no mesmo sofá onde sentou um neto, que acabou de pegar a bola do chão, já é possível que ele seja contaminado.

Uma dica prática é tirar e deixar os sapatos na entrada, e ter um chinelo para andar dentro da casa. Uma toalha umedecida com água sanitária dissolvida com bastante água e colocada no chão, pode ser uma solução para eliminar o vírus da sola do sapato. O cloro da água sanitária é mais eficiente que o álcool de 70º, dizem os especialistas.

O costume de tirar os sapatos

No passado, na Era Jomon, os ancestrais dos japoneses moravam em cabanas, onde se cavava um buraco circular no chão, com profundidade aproximada de 40 cm e estacas de madeira eram colocadas (formando um cone) e cobertas com palha ou outra vegetação seca. Mantendo-se aceso o fogo na parte central, a família se acomodava confortavelmente apesar do frio. Quando começaram a cultivar o arroz, foi necessário construir depósitos para conservar o alimento no inverno. Esses ficavam numa plataforma um pouco elevada por causa da ventilação e para não pegar umidade.

© Andrea Hale

O ser humano passou a construir sua casa também sob uma plataforma quando começou a utilizar assoalhos de madeira ou tatame. Os calçados, geralmente cheios de terra, não podiam ficar do lado de dentro da casa porque o tatame é difícil de limpar. Assim, começaram a reservar um espaço na entrada para tirar e deixar o calçado.

Conhecido como “genkan”, no local pode ter um armário para guardar sapatos e fica sempre um ou dois degraus abaixo do nível do restante da casa. O entregador dos correios ou qualquer pessoa que vá entregar ou retirar alguma coisa fica no “genkan” e não sobe aquele degrau da casa. É por isso que as portas são abertas sempre para o lado de fora no Japão (se abrisse para dentro poderia machucar alguém que está no “genkan”).

Casas ficam numa plataforma acima do nível do chão ©Kentaro Ohno

Acredita-se que o hábito de se deixar os calçados do lado de fora seja muito antigo, e nos desenhos da Era Heian é possível perceber que não era comum as pessoas serem convidadas a subir na “plataforma” das casas. Ser convidado para entrar era uma honra e não se podia levar sujeira para dentro da casa diante da gentileza do dono da casa em permitir entrar. A cultura japonesa de se sentar e dormir sobre um “futon” colocado diretamente no tatame, em parte por causa dos terremotos, pode ter a ver com esse costume de manter o chão sempre limpo. 

© Masaki Shiina

Até as casas atuais possuem o “genkan”, mesmo que seja ele minúsculo e todos os aposentos da casa serem ocidentais, com cadeiras e camas. E quando alguém convida para entrar, é dito “agattekudasai”, que significa: “suba, por favor”.

Tradução do título em japonês: 靴を脱ぐ習慣は日本人の命を新型コロナウイルスから救っているかもしれない。

mar 112020
 

A ousada decisão de fechar os portos, para impedir o contato com o exterior dá certo e o país se torna auto-suficiente, florescendo uma cultura própria, que ainda hoje está presente no Japão.

O público alvo do curso são as pessoas que apreciam ou têm curiosidade sobre o Japão, e aqueles que pretendem visitar o país no futuro, seja como turista, a negócios, para trabalhar ou como estudante, para que tenham maior proveito da oportunidade à partir do conhecimento de sua história.
O curso é realizado na sede da Associação Cultural Mie Kenjin do Brasil, na Avenida Lins de Vasconcelos, 3352 – 1º andar – Vila Mariana, São Paulo – SP.

A próxima aula:  
Programação (domingo – 9h às 12h com um pequeno intervalo)
– 26 abril *  – Aula 4 – Período Edo – Fechamento dos portos e desenvolvimento de uma cultura própria

Esta inscrição é para quem deseja fazer inscrição para a aula avulsa do dia 26/abril/2020. Não é necessário ter assistido as anteriores. O Sympla cobra uma taxa de 10% sobre o valor da aula. Em compensação, poderá ser pago com cartão de crédito, boleto ou débito on line do banco Itaú. *Essa aula estava marcada inicialmente para o dia 22/3, mas foi adiada para 26/4 em função da propagação da pandemia.

Não haverá reembolso por desistência. 

Período Edo: Quando o Japão era mais Japão!

Esse curso, com algumas diferenças na distribuição do conteúdo, foi realizado em 2017 na Associação Cultural Mie para mais de 200 alunos em todas as aulas e foi repetido em 2018 e 2019 alcançando também grande sucesso e sofreu algumas atualizações para 2020.

A iniciativa é da Abrademi (Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações) em conjunto com o departamento cultural da Associação Cultural e Assistencial Mie Kenjin do Brasil.

Os professores são:
– Cristiane A. Sato, formada em Direito pela USP, autora do livro JAPOP – O Poder da Cultura Pop Japonesa e presidente da Associação Brasileira de J-Fashion, palestrante em universidades, entidades, embaixada e consulado geral do Japão, foi bolsista da JICA em 2016, na Universidade de Kanazawa.
– Francisco Noriyuki Sato, formado em Jornalismo pela USP, autor dos livros História do Japão em Mangá, Banzai – História da Imigração Japonesa no Brasil, entre outros, é presidente da Abrademi, diretor cultural da Associação Cultural Mie Kenjin e editor do site culturajaponesa.com.br. Foi bolsista da JICA, em 2014, e ministrou palestras em universidades e museus do Japão em 2016 e 2019. Foi um dos palestrantes da 60ª Convenção dos Nikkeis e Japoneses do Exterior.

A programação do Curso Completo de História do Japão 2020: (domingos – 9h às 12h com um pequeno intervalo)
– 02 fev   – Aula 1 – Ocupação do arquipélago. Períodos Jomon, Yayoi, Asuka e Nara (encerrada)
– 16 fev   – Aula 2 – Períodos Heian e Kamakura – origem dos samurais (encerrada)
– 08 mar – Aula 3 – Períodos Muromachi e Sengoku – guerra civil e chegada dos portugueses (encerrada)
– 26 abr – Aula 4 – Período Edo – isolamento do Japão e fortalecimento de uma cultura própria
– 17 mai  – Aula 5 – Período Edo final – abertura dos portos, chegada dos ocidentais, —
– 24 mai – Aula 6 – Período Meiji – modernização e reformas, —
– 07 jun – Aula 7 – Períodos Taisho e Showa início, —
– 21 jun  – Aula 8 – Segunda Guerra e Showa final – reconstrução, —
– 05 jul  – Aula 9 – Era Heisei até hoje, —
– 19 jul   – Aula 10 – História de Okinawa

Para qualquer comunicação, utilize o endereço: abrademi@abrademi.com

fev 052020
 

O objetivo é facilitar a compreensão da cultura japonesa através de explicações sobre o passado e o presente do Japão.
O público alvo são as pessoas que apreciam ou têm curiosidade sobre o Japão, e aqueles que pretendem visitar o país no futuro, seja como turista, a negócios, para trabalhar ou como estudante, para que tenham maior proveito da oportunidade à partir do conhecimento de sua história.
Haverá certificados aos participantes que participarem de 7 das 10 aulas (é preciso assinar a lista de presença no início da aula)

O curso é realizado na sede da Associação Cultural Mie Kenjin do Brasil, na Avenida Lins de Vasconcelos, 3352 – 1º andar – Vila Mariana, São Paulo – SP.

A próxima aula:
Programação (domingo – 9h às 12h com um pequeno intervalo) 
– 16 fevereiro   – Aula 2 – Períodos Heian e Kamakura – origem dos samurais

Obs. Está programada uma demonstração de “Hyakunin Isshu”, um jogo de cartas, com 100 poemas curtos, criado entre os períodos Heian e Kamakura, que continua popular até hoje. Início: 12 horas. Grátis e opcional para os alunos.

Esta inscrição é para quem deseja fazer inscrição para a aula do dia 16/fevereiro/2020. Há ainda a opção da inscrição única para o Curso Completo, mas será preciso preencher outro formulário (clique aqui). O Sympla cobra uma taxa de 10% sobre o valor da aula. Poderá ser pago com cartão de crédito, boleto ou débito on line do banco Itaú.

Não haverá reembolso por desistência. 

Esse curso, com algumas diferenças na distribuição do conteúdo, foi realizado em 2017 na Associação Cultural Mie para mais de 200 alunos em todas as aulas. Foi repetido em 2018 e 2019 alcançando também grande sucesso e sofreu algumas atualizações para 2020.

Os professores são:
– Cristiane A. Sato, formada em Direito pela USP, autora do livro JAPOP – O Poder da Cultura Pop Japonesa e presidente da Associação Brasileira de J-Fashion, palestrante em universidades, entidades, embaixada e consulado geral do Japão, foi bolsista da JICA em 2016, na Universidade de Kanazawa.
– Francisco Noriyuki Sato, formado em Jornalismo pela USP, autor dos livros História do Japão em Mangá, Banzai – História da Imigração Japonesa no Brasil, entre outros, e é presidente da Abrademi e editor do site culturajaponesa.com.br. Foi também bolsista da JICA, em 2014, e ministrou palestras em universidades e museus do Japão em 2016 e 2019.

A iniciativa é da Abrademi (Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações) em conjunto com o departamento cultural da Associação Cultural e Assistencial Mie Kenjin do Brasil.

Para qualquer comunicação, utilize o endereço: abrademi@abrademi.com

Apoio Institucional:   

jan 142020
 

O objetivo é facilitar a compreensão da cultura japonesa através de explicações sobre o passado e o presente do Japão. O curso abordará a história completa do Japão, com o mesmo conteúdo das escolas japonesas, mas comparando com fatos da história ocidental. O público alvo são as pessoas que apreciam ou têm curiosidade sobre o Japão, e aqueles que pretendem visitar o país no futuro, seja como turista, a negócios, para trabalhar ou como estudante, para que tenham maior proveito da oportunidade à partir do conhecimento de sua história.
Haverá certificados aos participantes que participarem de 7 das 10 aulas (é preciso assinar a lista de presença no início da aula)

O curso será realizado na sede da Associação Cultural Mie Kenjin do Brasil, na Avenida Lins de Vasconcelos, 3352 – Vila Mariana, São Paulo – SP.

As aulas que fazem parte do curso são as seguintes:
Programação (domingos – 9h às 12h com um pequeno intervalo) – Local: Sala de reunião
– 02 fev   – Aula 1 – Ocupação do arquipélago. Períodos Jomon, Yayoi, Asuka e Nara
– 16 fev   – Aula 2 – Períodos Heian e Kamakura – origem dos samurais
– 08 mar – Aula 3 – Períodos Muromachi e Sengoku – guerra civil e chegada dos portugueses
– 26 abr – Aula 4 – Período Edo – isolamento do Japão e fortalecimento de uma cultura própria
– 17 mai  – Aula 5 – Período Edo final – abertura dos portos, chegada dos ocidentais
– 24 mai – Aula 6 – Período Meiji – modernização e reformas
– 07 jun – Aula 7 – Períodos Taisho e Showa início
– 21 jun  – Aula 8 – Segunda Guerra e Showa final – reconstrução
– 05 jul  – Aula 9 – Era Heisei até hoje
– 19 jul   – Aula 10 – História de Okinawa

A inscrição para o curso completo está encerrada, mas há a opção do pagamento por cada aula. Nesse caso, a inscrição é feita pelo outro formulário (clique aqui se desejar se inscrever para a aula 4). O Sympla cobra uma taxa de 10% sobre o valor total. Poderá ser pago com cartão de crédito, boleto ou débito on-line do banco Itaú.

Não haverá reembolso por desistência. 

Esse curso, com algumas diferenças na distribuição do conteúdo, foi realizado em 2017 na Associação Cultural Mie para mais de 200 alunos em todas as aulas. Foi repetido em 2018 e 2019 alcançando também grande sucesso e sofreu algumas atualizações para 2020.

Os professores são:
– Cristiane A. Sato, formada em Direito pela USP, autora do livro JAPOP – O Poder da Cultura Pop Japonesa e presidente da Associação Brasileira de J-Fashion, palestrante em universidades, entidades, embaixada e consulado geral do Japão, foi bolsista da JICA em 2016, na Universidade de Kanazawa.
– Francisco Noriyuki Sato, formado em Jornalismo pela USP, autor dos livros História do Japão em Mangá, Banzai – História da Imigração Japonesa no Brasil, entre outros, e é presidente da Abrademi e editor do site culturajaponesa.com.br. Foi também bolsista da JICA, em 2014, e ministrou palestras em universidades e museus do Japão em 2016 e 2019.

Para qualquer comunicação, utilize o endereço: abrademi@abrademi.com