jun 202018
 

O Jardim Japonês foi totalmente reformado e se encontra à disposição dos visitantes. Trata-se de um local público e todos, sendo estudantes ou não, podem visitá-lo. Apenas, para evitar vândalos, a Universidade instalou uma guarita e assim há um controle na entrada. Lá dentro, uma bela paisagem japonesa recepciona os visitantes num espaço de cinco mil metros quadrados.

O jardim foi levantado pelos imigrantes japoneses e tem a ver com a Segunda Guerra Mundial. Terminado o conflito, os japoneses no Brasil continuavam tendo dificuldades de adaptação e integração local, principalmente por causa das leis de restrição impostas pelo governo até o final da guerra e que ainda repercutiam dentro da sociedade brasileira em forma de preconceito. A questão chegou até o Congresso Nacional na época em que o presidente da Cooperativa Agrícola de Cotia era Kenkichi Shimomoto, também primeiro presidente do Conselho da Família Flor de São Paulo. Preocupado com tudo isso, ele fez a doação à USP de um dos símbolos da cultura japonesa, que é o Jardim Japonês. Shimomoto faleceu em 1957, mas os seus ideais foram mantidos e, dez anos depois, finalmente o jardim ficou pronto. O príncipe Akihito e a princesa Michiko, atual casal imperial, que vieram para as comemorações vinculadas ao 60º aniversário da Imigração Japonesa no Brasil, em 1967, cortaram a fita de inauguração.

Em 2003, em comemoração ao 50º aniversário da imigração japonesa do pós-guerra, a Associação Brasileira de Imigrantes Japoneses do Brasil fez nova doação à USP, realizando 40 dias de cuidados especiais no jardim.

Em 2017, quando o Jardim Japonês da USP comemoraria o seu 50º aniversário, a Associação Brasileira de Imigrantes Japoneses do Brasil, presidida por Miyoko Shakuda, contratou o especialista em jardim japonês, Kinji Yoshida, e seu filho Daikichi, para a restauração que se iniciou em junho daquele ano para finalizar um ano depois, como parte das comemorações dos 110 anos da imigração japonesa no Brasil.

Foi incluído nesse projeto de restauração um Portal doado pela comunidade nipo-brasileira de Vargem Grande Paulista e, no dia 5 de abril de 2018, com a presença de autoridades, representantes de associações japonesas, professores, funcionários, estudantes da USP, além de membros da Associação Brasileira de Imigrantes Japoneses do Brasil e das empresas que apoiaram nas despesas de reparação, foi celebrada a cerimônia de reinauguração parcial pelo mentor Kozo Fujii, quando mais de 100 pessoas compareceram ao local.

O Jardim Japonês está localizado no Instituto de Biociência, na USP do Butantã. Endereço: Rua do Matão, 14 – Butantã, São Paulo – SP. Fácil estacionar no local. (11) 3091-7515. (Clique na foto para ampliá-la)

[ngg_images source=”galleries” container_ids=”3″ display_type=”photocrati-nextgen_basic_thumbnails” override_thumbnail_settings=”0″ thumbnail_width=”240″ thumbnail_height=”160″ thumbnail_crop=”1″ images_per_page=”20″ number_of_columns=”0″ ajax_pagination=”0″ show_all_in_lightbox=”0″ use_imagebrowser_effect=”0″ show_slideshow_link=”0″ slideshow_link_text=”[Show slideshow]” order_by=”sortorder” order_direction=”ASC” returns=”included” maximum_entity_count=”500″]Nos próximos dias, o jardim receberá mais quatro pés de “matsu” (pinheiro japonês) e 10 carpas “nishikigoi” serão soltas no lago, e assim, a reforma estará completa. Está programada para o dia 29 de junho de 2018 (sexta), às 11h30, uma cerimônia xintoísta de reinauguração oficial do Jardim Japonês, sob a coordenação de Kozo Fujii. Uma bela oportunidade para ir conhecer o jardim.

jul 242017
 

No dia 21 de julho de 2017, o deputado federal Mikio Shimoji, do Japan Innovation Party, esteve palestrando no salão nobre da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo) sobre o visto para descendentes de japoneses da quarta geração.

Atualmente, os descendentes da segunda geração (nisseis) e da terceira geração (sanseis) podem receber o visto de longa permanência e a ideia do projeto é que os da quarta geração (yonseis) também possam receber o mesmo tratamento. No momento, os yonseis conseguem vistos para entrar e permanecer no Japão somente se forem filhos biológicos, menores e solteiros, de pais sanseis que vivem no Japão como residentes com visto de permanência como Residente de Longo Período.

Pelo projeto, que está em estudo e deverá seguir tramitação na Câmara dos Representantes a partir de novembro de 2017, prevê-se também a concessão de visto para que o yonsei possa estudar e trabalhar no Japão durante o período de três anos, e depois solicitar visto para residir no país. Essa modalidade, conhecida como Working Holiday, já é aplicada para cidadãos de 18 países (é um acordo bilateral), porém, o período é de um ano e não inclui os brasileiros. Segundo o deputado, pretende-se também oferecer aos familiares (esposa e filhos) do yonsei, esse visto temporário de 3 anos.

Sem dúvida, é um passo para tentar resolver o problema da diminuição da população ativa no Japão, mas é uma providência tardia e tímida. Se em 1948, o Japão registrou o nascimento de mais de 2,5 milhões de crianças, em 2016, o número despencou para menos de 1 milhão, o que faz com que a população total diminua cada vez mais nos próximos anos. Nos últimos seis anos, o país perdeu 6 milhões de habitantes. Com a base da pirâmide social invertida, onde poucos estão na idade ativa para trabalhar enquanto muitos estão aposentados e com possibilidade de viver bastante, é claro que a conta não fechará nunca. Será preciso abrir outras portas imediatamente, mas isso não quer dizer que o Japão será capaz de atrair tantos imigrantes para suprir a demanda. É preciso ver se há emprego para todos e condições mínimas para eles permanecerem no solo japonês a vida inteira.

out 132016
 

palestra-historia-imigraA palestra abordará a história da imigração japonesa no Brasil, as causas, como foi a chegada dos primeiros imigrantes e a sua adaptação, suas preocupações com a educação de seus filhos e as frustrações. Construção de núcleos japoneses no Brasil, a Segunda Guerra Mundial, as restrições aos cidadãos japoneses e a mudança de planos. Após a Guerra, os conflitos com aqueles que acreditavam na vitória japonesa, a decisão de permanecer no Brasil e a chegada dos novos imigrantes do Japão.
Essa palestra é indicada para qualquer pessoa que tenha interesse na história, principalmente àqueles que pretendem viajar para o Japão no futuro através de uma bolsa de estudos.

Dia 06 de novembro de 2016 – Das 14 às 15h30 – Grátis, mas deve ser feita inscrição pelo Sympla
Local: Associação Cultural Mie Kenjin do Brasil – Av. Lins de Vasconcelos, 3352 – saída do Metrô Vila Mariana, São Paulo

Palestrante: Francisco Noriyuki Sato, jornalista e publicitário formado pela USP, autor dos livros Banzai – História da Imigração Japonesa em Mangá, História do Japão em Mangá, e História Ilustrada do Japão. Ex-bolsista da JICA na Kanazawa University, onde pesquisou história, sociedade e cultura do Japão. Foi assessor da Jetro, órgão do governo japonês, e da Cooperativa Agrícola de Cotia. Palestrante em diversas entidades como USP, SESC, FIESP, etc. Palestrou em universidades e museus históricos do Japão. Diretor Cultural da Associação Mie Kenjin do Brasil, presidente da Abrademi,diretor da ACAL Associação Cultural e Assistencial da Liberdade. É editor do site culturajaponesa.com.br e do imigracaojaponesa.com.br.

Promoção conjunta: Associação Mie Kenjin do Brasil e Abrademi – Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações.

jul 012016
 
20º Seminário ASIF na Tsukuba University

20º Seminário ASIF na Tsukuba University

O jornalista e editor Francisco Noriyuki Sato esteve no Japão realizando quatro palestras entre maio e junho deste ano. Na JICA de Yokohama, a palestra teve como tema “O Mangá no Brasil: a Influência Cultural do Japão e dos Imigrantes Japoneses no Brasil”, e foi realizado no dia 29 de maio, onde  maioria do público já conhecia o Brasil, ou tinha alguma ligação com o País. O mesmo tema foi repetido na Universidade de Tsukuba, no dia 14 de junho, no 20º Seminário ASIP, que trata de estudos sobre globalização. Aqui, dentre o público formado em grande parte por alunos e por alguns professores, cuja maioria não conhecia o Brasil, houve uma boa receptividade, obtendo a palestra uma ótima avaliação dos participantes. Os estudantes pediram que a palestra fosse realizada num recinto maior e fora do horário de aula, para que todos os alunos pudessem participar. Outros disseram que, com a palestra, ficaram muito interessados em conhecerem o Brasil, fato importante, pois a Universidade de Tsukuba assinou convênio com a Universidade de São Paulo e têm canais para esse intercâmbio.

JICA Yokohama

JICA Yokohama

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Com o casal Matsubara, que dirige a CBK, no Kobe Center

No dia 3 de junho, Sato realizou uma palestra para funcionários e dirigentes do Kobe Center for Overseas Migration and Cultural Interaction e da CBK – Comunidade Brasileira de Kansai. O tema foi “A Identidade do Nikkei” e foi acompanhado de um caloroso debate. Essa palestra foi repetida no dia 7 de junho, na Universidade de Kanazawa, onde o público foi formado por estudantes estrangeiros dos cursos de pós-graduação e recebeu também uma ótima avaliação.

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Com estudantes estrangeiros do Kanazawa University e o professor Hiroshi Yamamoto

Além das palestras, Francisco Sato gravou uma entrevista na Radio Japan, da NHK, e falou também para a revista Alternativa, dirigida a brasileiros no Japão.

日本で22日という期間があっと言う間に過ぎてしまいました。今回は私のセミナーを四ヶ所で行って頂き、参加者から凄く良い評価を頂き、本当に嬉しい思い出に成りました。これは皆様のご支援のお陰ですので心から感謝しています。JICA横浜の小嶋さん、NPO関西ブラジル人コミュニティの松原さん、金沢大学の太田教授と山本教授、そして筑波大学の副学長ベントン博士を始め大学の教授とスタッフ。本当にどうも有り難うございました。お世話に成りました。これからもブラジルと日本の交流を手伝って行きたいと思います。

 

nov 112015
 

Nihon Bungaku Kyoukai (Associação de Literatura Japonesa) é uma entidade nacional fundada em 1946. Este ano, a associação estará promovendo a sua 70ª Convenção Anual, nos dias 14 e 15 de novembro de 2015, no campus da Seijo University, no bairro de Setagaya, em Tóquio.
Diversos temas serão debatidos no evento, abordando a literatura japonesa, o sistema de ensino e o idioma japonês. Chama atenção este ano a inclusão de um tema bastante inusitado: o Brasil.
“A literatura japonesa e os meios de comunicação no Brasil”, será o assunto coordenado pelo professor Kinya Sugiyama, da Kanazawa University. Além dele, o brasileiro Rodolfo Rocha, formado pela USP e com pós-graduação na disciplina de Estudos Humanos e de Ambientes Sociais da Kanazawa University, e Naohiro Nagao, pesquisador de Ciências Humanas da Toyo University, completam a equipe de debatedores.
O motivo desse tema, segundo o professor Sugiyama, é que neste ano completam-se 120 anos de intercâmbio entre o Brasil e o Japão. E o Brasil, além de ser o local onde está a maior população japonesa fora do Japão, é o local por onde passaram diversos e consagrados escritores japoneses, que retornaram ao Japão levando ideias novas e também escreveram sobre o Brasil.
“Nesta mesa redonda, quero debater sobre questões históricas e sociais a partir da percepção dos autores japoneses na visita ao Brasil, e também ver o ponto de vista dos imigrantes japoneses e as situações vividas por eles, ao final da guerra, na falta de comunicação que deu origem à incerteza, entre aceitar a derrota japonesa ou não reconhecê-la. Acredito que essa mesa redonda não se limitará ao Brasil, mas se expandirá para outros assuntos, tal a amplitude do tema”, afirmou o professor Kinya Sugiyama.
A participação é aberta e não há necessidade de ser associado da Nihon Bungaku Kyoukai. A entrada é franca, mas deve-se fazer inscrição pelo e-mail ou fax:
日本文学協会
〒170-0005 東京都豊島区南大塚2-17-10   Tel/Fax03-3941-2740
e-mail: bungaku1946@piano.ocn.ne.jp